Sou mais pessoa de fazer do que de prometer, mas desta vez vou iniciar a minha participação neste Blog com uma promessa: sempre que as circunstâncias o justifiquem, aqui estarei a partilhar convosco as minhas reflexões sobre o movimento autocaravanista. Aplaudirei as boas ideias e as pessoas que as anunciem; criticarei sem papas na língua as ideias, decisões e comportamentos que se me afigurem despropositadas e nefastas à dignificação da imagem e dos interesses colectivos dos autocaravanistas (mesmo correndo o risco de haver quem confunda a crítica às ideias com o ataque ao carácter moral da pessoa em causa). Como ninguém está obrigado a ler o que aqui se escreve, quem não gostar do que digo tem uma boa solução: ignorar-me. Aqueles que quiserem aproveitar-se do que aqui escrevo para tentarem denegrir o meu bom nome... façam favor, já estou habituado e de há muito que aprendi a distinguir quem me critica com a razão e a quem tem como única razão a (má)intenção com que o faz.
Como por definição um Blog é (embora nem sempre assim utilizado) um espaço de comunicação em registo unilateral mas intimista, agora que subo pela primeira vez a esta Tribuna não posso deixar de o fazer para me mostrar perante vós, tal qual sou, pois que nada tenho a esconder.
Os cabelos que me restam aos 48 anos vão ficando brancos, e a velocidade a que os filhos de 15 e 18 anos vão crescendo e encontrando os seus próprios caminhos transmite-me essa contraditória sensação de estar a ficar velho, mas também a sensação de regozijo por ter sido o arquitecto das obras que dia-a-dia vou vendo brotar.
Economista de formação, Professor de profissão, continuo a sentir o prazer de ensinar quem quer aprender, e porque partilhar conhecimento não empobrece, sinto-me mais rico e mais completo quando encontro alguém a quem o meu modesto conhecimento enriqueceu. Tenho tido esta postura na vida, e no autocaravanismo também. Ainda que nem sempre correspondido.
Socialmente tive o privilégio de viver intensamente esse inigualável processo de redescoberta colectiva que foram os anos que se seguiram ao 25 de Abril de 1974. Desses tempos em que acreditava ser possível mudar o mundo com um sopro e muito querer, resta-me agora uma mão cheia de gratas memórias e outra de grandes amigos. Não obstante, por razões várias, a minha militância do passado foi dando lugar ao observador crítico cada vez mais distante dos protagonistas em palco.
A minha paixão pelo autocaravanismo contrasta com o desconforto que sinto quando confrontado com a imagem social dos autocaravanistas. Foi precisamente isso o que me levou a envolver no associativismo autocaravanistas, como Vice-Presidente do CPA, clube a quem dei o meu melhor contributo nos anos de 2006 e 2007. Mas o meu protagonismo no autocaravanismo também me levou a enfrentar os maiores atentados de toda a minha vida ao meu carácter moral e ao meu bom-nome. No CPA a palavra ingratidão assumiu para mim um sentido bem concreto e definido a que nem sequer faltaram rostos. Compreenderão pois que me tenha declarado reformado do associativismo.
Claro que intelectualmente não consigo deixar de reflectir sobre o que se vai passando à minha volta, e o autocaravanismo também me deu coisas sem igual: o grato prazer de conhecer pessoas extraordinárias, como aquelas que contracenam comigo nesta Tribuna.
Aos que a partir de agora passam a adoptar esta Tribuna como a sua referência de opinião, quero antecipadamente agradecer. Obrigado Companheiros por me escutarem, obrigado por me incentivarem e aplaudirem, mas sobretudo bem-hajam por dignificarem o autocaravanismo com o vosso exemplo, com a vossa maneira de estar na vida, e a vossa disponibilidade para permanentemente renovarem o autocaravanismo com as vossas reflexões críticas. Justamente o contrário daqueles que se refugiam no patético discurso (porque vazio de conteúdo programático) do apelo à unidade de tudo e de todos.
Vamo-nos encontrando por aqui,... naturalmente. Até já, companheiros!
Quando viajo de autocaravana o Jimmy é meu companheiro inseparável. Parece-me pois de elementar justiça que ele também figure nesta apresentação. Afinal ele é um autocaravanista itinerante. Nas palavras do M Alegre: é um cão como nós!
Os cabelos que me restam aos 48 anos vão ficando brancos, e a velocidade a que os filhos de 15 e 18 anos vão crescendo e encontrando os seus próprios caminhos transmite-me essa contraditória sensação de estar a ficar velho, mas também a sensação de regozijo por ter sido o arquitecto das obras que dia-a-dia vou vendo brotar.
Economista de formação, Professor de profissão, continuo a sentir o prazer de ensinar quem quer aprender, e porque partilhar conhecimento não empobrece, sinto-me mais rico e mais completo quando encontro alguém a quem o meu modesto conhecimento enriqueceu. Tenho tido esta postura na vida, e no autocaravanismo também. Ainda que nem sempre correspondido.
Socialmente tive o privilégio de viver intensamente esse inigualável processo de redescoberta colectiva que foram os anos que se seguiram ao 25 de Abril de 1974. Desses tempos em que acreditava ser possível mudar o mundo com um sopro e muito querer, resta-me agora uma mão cheia de gratas memórias e outra de grandes amigos. Não obstante, por razões várias, a minha militância do passado foi dando lugar ao observador crítico cada vez mais distante dos protagonistas em palco.
A minha paixão pelo autocaravanismo contrasta com o desconforto que sinto quando confrontado com a imagem social dos autocaravanistas. Foi precisamente isso o que me levou a envolver no associativismo autocaravanistas, como Vice-Presidente do CPA, clube a quem dei o meu melhor contributo nos anos de 2006 e 2007. Mas o meu protagonismo no autocaravanismo também me levou a enfrentar os maiores atentados de toda a minha vida ao meu carácter moral e ao meu bom-nome. No CPA a palavra ingratidão assumiu para mim um sentido bem concreto e definido a que nem sequer faltaram rostos. Compreenderão pois que me tenha declarado reformado do associativismo.
Claro que intelectualmente não consigo deixar de reflectir sobre o que se vai passando à minha volta, e o autocaravanismo também me deu coisas sem igual: o grato prazer de conhecer pessoas extraordinárias, como aquelas que contracenam comigo nesta Tribuna.
Aos que a partir de agora passam a adoptar esta Tribuna como a sua referência de opinião, quero antecipadamente agradecer. Obrigado Companheiros por me escutarem, obrigado por me incentivarem e aplaudirem, mas sobretudo bem-hajam por dignificarem o autocaravanismo com o vosso exemplo, com a vossa maneira de estar na vida, e a vossa disponibilidade para permanentemente renovarem o autocaravanismo com as vossas reflexões críticas. Justamente o contrário daqueles que se refugiam no patético discurso (porque vazio de conteúdo programático) do apelo à unidade de tudo e de todos.
Vamo-nos encontrando por aqui,... naturalmente. Até já, companheiros!
Quando viajo de autocaravana o Jimmy é meu companheiro inseparável. Parece-me pois de elementar justiça que ele também figure nesta apresentação. Afinal ele é um autocaravanista itinerante. Nas palavras do M Alegre: é um cão como nós!
1 comentário:
Boas!
Sejam muito bem vindos! Já tardavam!..
Quero muito participar deste espaço para de algum modo tambem poder dar o meu mísero contributo, mas vou esforçar-me porque acho esta vossa atitude,uma demonstração de que o Autocaravanista tem de ser respeitado mas para isso há muito a fazer. Vamos devagar para tentar ir longe. Para começar, queria deixar aqui o meu apelo:Haja respeito por todos em especial aos "cães"linguagem elevada e não aos insultos!..O Autocaravanismo precisa de outra coisa.
Por isso meus amigos, Vamos ao trabalho.
Um grande abraço a todos os Autocaravanistas.
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