Estranhamente a Direcção ignorou o facto. O Ano passado ainda convidou os sócios para um cálice de Porto na Sede, mas este ano não teve nada para oferecer. Mostra assim que os actuais dirigentes já deram ao Clube tudo o que tinham para dar.
Já não sou sócio do CPA, mas tenho memória. Por isso hoje não posso ignorar que aqueles que há 19 anos ousaram criar o CPA foram pessoas corajosas, foram pessoas que souberam escrever com dignidade a primeira página do movimento associativo autocaravanista em Portugal. Depois deles, uns milhares de outros se lhes foram juntando. Muitos foram os que à sua maneira deram o seu melhor para construir um Clube que a todos os autocaravanistas dignifique. Todos mereciam que a Direcção soubesse preservar a sua memória e cultivar o seu exemplo, em vez de reescrever e apagar a história do Clube e do autocaravanismo.
Na hora de assumir a responsabilidade história desta herança e ousar enfrentar os desafios que ao autocaravanismo se colocam, os actuais dirigentes do CPA não se revelaram à altura da tarefa, nem da memória colectiva do Clube. Mas ainda que se não vislumbrem razões para felicitar os dirigentes, o Clube está de parabéns.
Assim sendo, desta tribuna endereço os meus parabéns a todos os que ajudaram a fazer do CPA o que ele é hoje, e especialmente àqueles que teimam em querer dar-lhe um rumo de que todos os autocaravanistas possam orgulhar-se.
Raul Lopes
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