Já antes fiz esta mesma pergunta no fórum da Casinha Itinerante (http://itinerante.freeforums.org/) , e volto a repeti-la aqui pois me parece uma questão central para o autocaravanismo.
Recorrentemente tenho a sensação de que um dos maiores obstáculos à renovação do movimento associativo (assim como da vida política nacional) é o nacional porreirismo. Quer dizer, a postura das pessoas que revelam uma completa incapacidade de lidar com a discussão de ideias:
-se alguém surge com novas ideias logo é estigmatizado como tendo sede de protagonismo e fome de tacho;
-- se alguém esgrime argumentos exercitando a bondade da aprendizagem através da reflexão critica, logo é acusado de praticar o divisionismo e/ou de estar a fazer ataques pessoais.
Ou seja, tudo o que ponha em causa a paz podre e vazia de ideias existente é imediatamente exorcizado. Ainda recentemente surgiram no fórum do CPA e no do CCP várias mensagens que ilustram perfeitamente esta postura nacional-porreirista. E o pior é que eu acho que elas exprimem o sentir da maioria dos autocaravanistas.
Para eles todos os problemas se resolvem com mais umas patuscadas, umas confraternizações inócuas e bem recheadas de lugares-comuns, ou simplesmente indo para a estrada cumprimentar os autocaravanistas que connosco se cruzem.
Não adianta insultar a inteligência destas pessoas, pois não têm sequer capacidade para compreender o insulto.
Os comportamentos errantes, o fetichismo da unidade que trespassa a cabeça dos nossos dirigentes e o nacional-porreirismo, são, a meu ver, os grandes obstáculos à afirmação institucional do autocaravanismo em Portugal. Mas é o nacional-porreirismo que serve de supoorte à postura dos actuais dirigentes do movimento autocarvanista, sendo portanto o cancro do autocaravanismo.
Como acham vocês que se pode lidar com este cancro do associativismo?
2 comentários:
porque não avançam com algo novo?
porque não passam das palavras às acções?
Haverá melhor para um autocaravanista que umas patuscadas e umas viagens engraçadas? Se há fiquem aí a derreter o neurónio que eu venho já.
Enviar um comentário