Conforme antecipámos ontem, no texto publicado na Tribuna, iniciamos hoje uma série de comentários na TAC onde demonstramos clara e inequivocamente, que a frenética actividade do auto-entitulado grupo transversal de representantes dos autocaravanistas não passa de um exercício estéril e sem sentido, que nada de novo, e sobretudo de positivo, acrescenta ao movimento autocaravanista. Em bom rigor os autocaravanistas só têm a perder com as “trapalhadas” do MIDAP.
A primeira grande preocupação deste grupo tem sido mascarar a evidente falta de representatividade que tem entre os autocaravanistas. Ainda no último comunicado é referido que já se sentam à “volta da mesma mesa” vários clubes e entidades que depois vêm desmentir categoricamente que não fazem parte do MIDAP. Só por aqui podemos constatar a confusão e sobretudo a falta de rigor e seriedade que este “movimento transversal” vem emprestando ao movimento autocaravanista. Apesar da mestria colocada na arte da manipulação, do comunicado apenas ressalta a demagogia.
O espalhafatoso anúncio de um parque de estacionamento na capital, acessível a autocaravanas, não passa afinal de uma promessa e, como todos bem sabemos, de promessas está o mundo, aqui e além cheio, bem como de trocadilhos e provérbios usados ao sabor da corrente, para melhor iludirem a verdadeira realidade.
Por exemplo, e no caso concreto do concelho de Lisboa, já há 2 anos que o CPA tinha, também, a promessa da construção de uma AS com pernoita no Parque das Nações e que a CM Lisboa estudaria a proposta de localização de uma AS junto a Belém. Mas daí a ter-se concretizado no terreno as promessas, vai uma grande distância, ainda mais com eleições autárquicas pelo meio.
À medida que vamos lendo o comunicado do MIDAP, algumas preocupações vamos registando. Reveste-se-nos de particular gravidade a afirmação de que poderá ser criado um espaço como “alternativa ao parque de campismo de Monsanto para os autocaravanistas nacionais e estrangeiros que demandam a capital, poderem estacionar e pernoitar em segurança na suas viaturas.” Ou seja, o MIDAP não só deixa transparecer que concorda com a AECAMP e com a FCMP, de que o lugar das autocaravanas é nos parques de campismo, como retoma a ideia expressa na célebre Portaria n.º1320/2008 de que, fora dos campings, as autocaravanas terão espaços especialmente a elas destinadas, de acordo com o que lá se encontra estipulado.
Sabendo nós a apetência que as câmaras municipais têm para produzirem regulamentos de trânsito limitadores da permanência e estacionamento das autocaravanas, é de extrema gravidade que sejam os próprios autocaravanistas a proporem, directa ou indirectamente, a inibição ao livre estacionamento das autocaravanas.
Aqui está um claro exemplo de como uma boa ideia - a construção de parques de estacionamento e áreas de serviço - se pode converter numa má solução, se não forem tomadas as devidas cautelas, ou se deixarmos que estas pessoas se apresentem às autoridades como representantes dos autocaravanistas que não são, enquanto não se sujeitarem ao plebiscito de quem de direito. O uso e pelos vistos o abuso do nome de terceiros para lhes dar uma pretensa legitimidade terá os dias contados, quando a “máscara” cair e as consciências de todos os autocaravanistas despertarem.
Pela nossa parte, enquanto autocaravanistas, continuaremos firmes nos alertas, mesmo que vozes surjam a “querer” calar-nos e retirar-nos direitos de opinião e cidadania. Ao contrário de alguns, não nos insinuamos junto de ninguém como “representantes” de terceiros que nunca consultámos. Assumimos publicamente as nossas opiniões enquanto autocaravanistas livres. Tão só isso.
Constatar que cada dia que passa são mais os autocaravanistas que se reconhecem na nossa voz não é para nós um troféu, nem nenhuma premissa fundadora de qualquer movimento transversal, de um clube, observatório ou outra trapalhada qualquer. Sermos o espaço mais lido do cyberespaço autocaravanista é uma honra, é um estímulo, mas é também para nós uma responsabilidade acrescida.
Não nos calarão!
A primeira grande preocupação deste grupo tem sido mascarar a evidente falta de representatividade que tem entre os autocaravanistas. Ainda no último comunicado é referido que já se sentam à “volta da mesma mesa” vários clubes e entidades que depois vêm desmentir categoricamente que não fazem parte do MIDAP. Só por aqui podemos constatar a confusão e sobretudo a falta de rigor e seriedade que este “movimento transversal” vem emprestando ao movimento autocaravanista. Apesar da mestria colocada na arte da manipulação, do comunicado apenas ressalta a demagogia.
O espalhafatoso anúncio de um parque de estacionamento na capital, acessível a autocaravanas, não passa afinal de uma promessa e, como todos bem sabemos, de promessas está o mundo, aqui e além cheio, bem como de trocadilhos e provérbios usados ao sabor da corrente, para melhor iludirem a verdadeira realidade.
Por exemplo, e no caso concreto do concelho de Lisboa, já há 2 anos que o CPA tinha, também, a promessa da construção de uma AS com pernoita no Parque das Nações e que a CM Lisboa estudaria a proposta de localização de uma AS junto a Belém. Mas daí a ter-se concretizado no terreno as promessas, vai uma grande distância, ainda mais com eleições autárquicas pelo meio.
À medida que vamos lendo o comunicado do MIDAP, algumas preocupações vamos registando. Reveste-se-nos de particular gravidade a afirmação de que poderá ser criado um espaço como “alternativa ao parque de campismo de Monsanto para os autocaravanistas nacionais e estrangeiros que demandam a capital, poderem estacionar e pernoitar em segurança na suas viaturas.” Ou seja, o MIDAP não só deixa transparecer que concorda com a AECAMP e com a FCMP, de que o lugar das autocaravanas é nos parques de campismo, como retoma a ideia expressa na célebre Portaria n.º1320/2008 de que, fora dos campings, as autocaravanas terão espaços especialmente a elas destinadas, de acordo com o que lá se encontra estipulado.
Sabendo nós a apetência que as câmaras municipais têm para produzirem regulamentos de trânsito limitadores da permanência e estacionamento das autocaravanas, é de extrema gravidade que sejam os próprios autocaravanistas a proporem, directa ou indirectamente, a inibição ao livre estacionamento das autocaravanas.
Aqui está um claro exemplo de como uma boa ideia - a construção de parques de estacionamento e áreas de serviço - se pode converter numa má solução, se não forem tomadas as devidas cautelas, ou se deixarmos que estas pessoas se apresentem às autoridades como representantes dos autocaravanistas que não são, enquanto não se sujeitarem ao plebiscito de quem de direito. O uso e pelos vistos o abuso do nome de terceiros para lhes dar uma pretensa legitimidade terá os dias contados, quando a “máscara” cair e as consciências de todos os autocaravanistas despertarem.
Pela nossa parte, enquanto autocaravanistas, continuaremos firmes nos alertas, mesmo que vozes surjam a “querer” calar-nos e retirar-nos direitos de opinião e cidadania. Ao contrário de alguns, não nos insinuamos junto de ninguém como “representantes” de terceiros que nunca consultámos. Assumimos publicamente as nossas opiniões enquanto autocaravanistas livres. Tão só isso.
Constatar que cada dia que passa são mais os autocaravanistas que se reconhecem na nossa voz não é para nós um troféu, nem nenhuma premissa fundadora de qualquer movimento transversal, de um clube, observatório ou outra trapalhada qualquer. Sermos o espaço mais lido do cyberespaço autocaravanista é uma honra, é um estímulo, mas é também para nós uma responsabilidade acrescida.
Não nos calarão!
1 comentário:
Bem a confusão esta lançada.
Mas porque antes de exigir não fazem?
Como os campistas, os caravanistas e outros, porque os autocaravanistas não criam uma rede de parques de autocaravanas?
Assim passavam a estar legais e organizavam-se como queriam.
Pois mas isso impede que cada um faça o que lhe vai na cabeça.
Só que não existe solução a não ser a criação de parques e areas de serviço para autocaravanistas.
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