quinta-feira, 30 de abril de 2009

Lorvão de novo em festa

De 10 a 14 de Junho a Junta de Freguesia de Lorvão volta a organizar a sua já tradicional Feira de Artes e Cultura, para a qual convida todos os autocaravanistas.

Do Programa que o Sr. Presidente teve a amabilidade de nos enviar destacamos a animação cultural programada para cada um dos 5 dias da Feira, a sardinhada na noite de Santo António, a ceia colectiva no dia 13, os passeios de burro e a volta à Freguesia em bicicleta. Motivos mais do que suficientes para os autocaravanistas comparecerem num dos primeiros locais a dispor de Área de Serviço para autocaravanas em Portugal.



Os interessados em participar deverão proceder previamente à sua inscrição na Junta de Freguesia, Telf. 239477162

quarta-feira, 29 de abril de 2009

GAIA: Um caso exemplar

Já tinhamos referido na Tribuna Autocaravanista, a pretensão do Parque Biológico de Gaia em construir um espaço destinado às autocaravanas. Curiosamente foi o último post de 2008 (ver aqui) e onde se destacava a construção de infra-estruturas de apoio ao autocaravanismo, apesar da forma confusa e pouco rigorosa da peça jornalista. Na altura estimava-se um custo de 25 euros por noite, o que em rigor parecia-nos manifestamente exagerado.

Foi, assim, com bastante agrado que recebemos agora a informação de que o parque foi inaugurado e possui excelentes condições e infra-estruturas para receber as autocaravanas. Se a isto aliarmos um tarifário equilibrado, estamos perante um caso exemplar de como se podem criar as condições necessárias e suficientes para atrair e bem servir os autocaravanistas.


O espaço representou um investimento de 30 mil euros e a cerimónia de inauguração controu com a apresença do presidente do munícipio de Gaia que sugeriu mesmo "o alargamento deste conceito a outros espaços verdes. Penso que no Parque da Lavandeira também poderemos encontrar um cantinho".

O discurso de Luis Filipe Menezes na sessão de inauguração é um exemplo claro da forma como os municípios podem tirar dividendos da construção de infra-estruturas de apoio ao autocaravanismo. Gaia arrisca-se assim a tornar-se a um caso exemplar na forma de receber os autocaravanistas. Apenas a lamentar que o principal alvo sejam os autocaravanistas ingleses e não os portugueses...

Realça-se ainda a parceria entre o Parque Biológio de Gaia e a empresa Campinanda, que permite que os clientes da Campinanda tenham direito a uma refeição grátis no restaurante, desde que solicitem a estadia pelo site da empresa. Esperamos que este bom exemplo de cooperação entre uma empresa municipal e uma empresa privada sirva de estímulo a que mais parcerias se realizem noutros locais.

Para a promoção deste local foram editados folhetos em diversas línguas, com todas as informações necessárias para utilizar este parque, como as valências existentes, tarifários e como chegar. Reproduzimos em seguida o folheto gentilmente enviado pela Campinanda:


(clicar na imagem para aumentar)


No site do Parque Biológico podemos encontrar a seguinte notícia da inauguração desta infra-estrutura:

Parque de Autocaravanas

O Parque Biológico de Gaia dispõe agora de um Parque de Autocaravanas. Assim, os turistas que viajam por esse meio têm mais um espaço para pernoitar no Grande Porto. O Parque responde assim ao aumento do turismo em autocaravanas. O equipamento tem poucos encargos para o Parque Biológico que já dispõe de vigilância. Os turistas, além de visitarem o espaço verde, poderão usufruir da cafetaria e do restaurante. Actualmente, o parque oferece, também, uma pequena pousada.Em Gaia, é comum encontrarem-se autocaravanas com matrículas nacional e estrangeira estacionadas no parque do Cais do Cavaco na zona ribeirinha. Por isso, é possível que esta nova valência venha a atrair muitas pessoas que vêm ao Porto e a Gaia e que passam a ter um local com melhores condições e segurança para ficar. No âmbito desta iniciativa, surgiu um vínculo de colaboração entre o Parque Biológico de Gaia e a empresa Campinanda - http://www.campinanda.pt/

Preços:

-Local para 1 autocaravana - 4 euros

- Local para 2 autocaravanas - 6 euros

- Utentes:

- Até 5 anos - Grátis

- 6-14 anos - 2 euros

- Mais de 14 anos - 4 euros

Localização:

N -41º05´48.50´´

W -008º33´21.34´´

terça-feira, 28 de abril de 2009

MANIFESTA 2009

O companheiro Vitor Andrade, o responsável pelo sucesso do Gesto Eco-Solidário, solicitou-nos a divulgação do MANISFESTA 09.



A TAC junta-se ao apelo deste companheiro no sentido dos autocaravanistas comparecerem em peso em Peniche por altura da Manifesta. Entre outras razões apontadas pelo Vitor Andrade, também porque esta pode ser a oportunidade derradeira de dar sequência ao diálogo que já em tempos se estabeleceu com a Câmara Municipal de Peniche para encontrar um adequado enquadramento para o autocaravanismo no concelho. Aqui fica o texto do Vitór com votos de um enorme sucesso.


Caros companheiros!

Vai ocorrer, em Peniche, a Manifesta 09 de 21 a 24 de Maio. Para saber mais sobre o que é a Manifesta consultar aqui.

Como autocaravanista e pessoa envolvida nas questões do Desenvolvimento Local (DL), há muito que considero o AC uma forma de turismo com enormes potencialidades de crescimento entre os agentes de DL. O AC permite grande proximidade, não necessita de intermediários e não requer grandes investimentos por parte destes agentes.
O problema tem sido o desconhecimento mútuo que tem vindo a persistir.

Neste momento estão criadas as condições para que se dê um grande passo no sentido duma aproximação e conhecimento das reais possibilidades do AC nos processos de DL.

No processo de construção da Manifesta conseguimos introduzir a problemática do AC o que tem vindo a gerar entre os agentes de DL grande curiosidade em conhecer este tipo de turismo e as suas potencialidades no desenvolvimento dos seus projectos.
A ANIMAR e os parceiros locais, Câmara Municipal de Peniche e ADEPE, na organização da Manifesta 09 desenvolveram todos os esforços para receber condignamente um grande número de ACs. Agora é necessário que o AC marque forte presença fazendo sentir o seu peso e a sua já grande dimensão.

A ideia é participar na Festa, dando-nos a conhecer e Manifestando com a nossa presença a intenção de sermos parceiros nos processos de DL e do país.

A presença não carece de inscrição nem marcação prévia. Haverá lugares de estacionamento para todos. Cada um controlará os seus custos e participa nas actividades que mais gostar e entender, o importante é a presença e a participação nas diversas actividades que vão ocorrendo nos espaços públicos.

Poderão ir verificando o programa, provisório até aos princípios de Maio. Isto porque são as associações oriundas de todo o país que o vão preenchendo com as suas actividades e grupos.

Ver programa provisório.

O peso e a força deste evento está patente no número de personalidades do poder local e central que por lá irão passar

O AC não vai perder esta oportunidade!


Vitor Andrade

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Salazar e o autocaravanismo

Hoje, ao percorrer o ciber-espaço autocaravanista português dei comigo a pensar: afinal Salazar é o grande responsável pela actual situação do autocaravanismo em Portugal.
Não estou a delirar, sei muito bem que no tempo de Salazar não havia autocaravanas. Mas também sei que foi na sociedade que Salazar asfixiou que foram moldadas as mentes de mais de metade dos actuais autocaravanistas. Esta é a questão: Salazar deixou a sua marca indelével no comportamento (quantas vezes inconsciente) de várias gerações de pessoas, entre elas dos actuais autocaravanistas.
Salazar levou ao extremo o culto da personalidade e da autoridade do chefe. Hoje em dia o autocaravanismo está cheio de pessoas com tanto de vaidoso quanto de arrogante pois se sentem no direito de não ser questionados nem confrontados pelo simples facto de disporem de um qualquer estatuto de dirigente-chefe (independentemente da sua fonte de legitimidade ser ou não democrática).
Salazar cultivava o silêncio voluntário como forma de não se expor, ao mesmo tempo que pela força da repressão impunha aos seus adversários o silêncio. Há hoje por aí quem mostre o maior desprezo por aqueles que era suposto representar e quem ache que o autocaravanismo estaria muito melhor se aos autocaravanistas fosse proibido interpelar e/ou criticar os seus dirigentes.
Salazar formatou as pessoas na convicção de que sexo, religião, política e interesse colectivo não eram assuntos que se discutissem. Ora porque tinham uma complexidade que exigia conhecimentos só ao alcance dos iluminados, ora porque fazia despertar ideias perversas na cabeça do povo, ora porque só podia servir para criar inimizades entre amigos. O povo devia contentar-se em falar de futebol e em cavaquear sobre coisas mundanas, fúteis e circunstanciais, valorizando a confraternização no adro da Igreja celebrada com uns copos do vinho que dava de comer a 5 milhões de portugueses.
Também hoje o autocaravanismo está cheio de pessoas que se apresentam como os campeões da boa educação e da defesa da unidade. Mal alguém se envolve numa troca de argumentos ou confronta ideias logo vêm a terreiro clamar que acabem com as discussões que só servem para dividir o movimento autocaravanista. Que vergonha (dizem eles) transformarem a praça pública numa arena de combate pessoal. Daí o apelo que fazem: vamos mas é falar sobre o que nos une (querem eles dizer: não vamos falar de nada), vamos mas é confraternizar (que de festas e romarias é que o povo gosta).
Mas estes campeões da boa educação são também os primeiros a hipocritamente aparecerem de mansinho por detrás dos desavindos para os picar, para candidamente lançarem mais uma intriga, ou mais uma provocação, assim em jeito de quem atira a pedra e a seguir esconde a mão no bolso e assobia para o ar.

Moral da estória. Quer os dirigentes quer os autocaravanistas em que se apoiam sofrem do mesmo mal: a falta de cultura democrática de discussão. E o grande culpado disso é o Salazar que nos legou esta herança cultural.
Nunca é demais recordá-lo, menos ainda quando se celebra essa radiante madrugada que permitiu ao Povo português redescobrir-se e sentir o prazer de viver em Liberdade.
Modestamente aqui fica o meu tributo a todos os que tornaram o 25 de Abril uma realidade. BEM-HAJAM pela vossa acção e pelo vosso exemplo: Acreditar e lutar colectivamente organizados... é vencer.

Raul Lopes

sexta-feira, 24 de abril de 2009

DE AUTOCARAVANA, PELA ESTRADA DA LIBERDADE


Comemoram-se em 2009, 35 anos de LIBERDADE política.
Tal como o fazemos hoje nas nossas autocaravanas, há séculos os portugueses revelaram novos mundos ao Mundo que percorreram, tomando conhecimento de novas e diferentes realidades. Mais tarde, tal como agora, esquecemos o direito à Liberdade e Identidade dos outros e quisemos aproveitar abusivamente o que nos era dado a conhecer, e acabámos a condicionar-lhes a vida, a cultura e a Liberdade, com os resultados que são de todos nós conhecidos. As quatro décadas do Estado Novo foram o período mais negro da nossa História, que quase fazia esquecer os gloriosos tempos da epopeia quinhentista. Por isso, a queda da ditadura foi um facto social e historicamente transcendente que modificou a face de um país fechado ao Mundo, à cultura, ao avanço civilizacional económico e social.


A 25 de Abril de 1974, a Democracia veio devolver a todos os cidadãos o Direito à Cidadania plena, que implica a co-responsabilização na vida de todos nós enquanto país e, com a nossa adesão à União Europeia, enquanto cidadãos europeus, membros de uma comunidade que acarreta uma história em que a LIBERDADE sempre procurou assumir o papel central desse Direito.


A necessidade de “gerir” essa LIBERDADE para todos os cidadãos obrigou à criação de Leis e Regras que deveriam prevenir comportamentos e reprimir atitudes que colidem com o bem-estar colectivo. Mas nem sempre o legislador conseguiu o desejável equilíbrio entre a Liberdade Individual e a Liberdade Colectiva, confundindo esta com interesses corporativos.


As “regras”, bastas vezes, resultam apenas do poder de influência de grupos de pressão (lobbies) que apenas pretendem fazer valer os seus interesses particulares ou de grupo. Ficam desprotegidos, geralmente, aqueles que querem verdadeiramente usufruir da LIBERDADE integral, entendida no quadro de respeito educacional e civilizacional que deve balizar a vida em sociedade. Ficam “marginalizados” aqueles que não querem submeter-se a lógicas de poder e “condicionamento” de ideias e movimentos, porque se assumem de espírito livre e verdadeiramente independente.
Estes são os excluídos e de alguma forma os proscritos, já que a Democracia pouco reforçou a sua capacidade individual de participação social e política e os seus direitos individualmente considerados, manietando o completo usufruto do verdadeiro âmago da LIBERDADE, enquanto bem único e Direito Humano Universal e Fundamental.


Ao contrário da humanização das sociedades, tendo em vista aquele bem essencial, estas vêm reforçando a componente da “harmonização forçada” do indivíduo, cedendo a uma “organização” pensada por poucos mas destinada a ser seguida, pelo menos, pela esmagadora maioria dos cidadãos.


Vêm estas palavras a propósito, também, do Autocaravanismo.


Na França, cujo lema republicano é a Liberdade, Igualdade e Fraternidade, no espírito sobrevivente do Maio de 68, o Autocaravanista é um cidadão que goza de ampla liberdade e de apoios generalizados por parte da esmagadora maioria das autarquias locais, ao contrário do que acontece em terras lusas, onde se multiplicam as restrições à liberdade do autocaravanista e onde as autarquias “amigas” são uma minoria e, geralmente, estão localizadas em regiões do interior onde o turismo é uma miragem.
Em França nasceu e alicerçou-se um movimento associativo que sustentou e perspectivou com coerência e sentido de LIBERDADE o desenvolvimento do nosso estilo de vida e dos sentimentos que nos animam, obtendo resultados que a todos dignificam.


Por cá, pelo contrário, os principais “actores” ligados ao meio autocaravanista estão mais preocupados em como “gerir” comercialmente o mercado do “touring”, do que em assegurar a LIBERDADE dos Autocaravanistas, criando as condições adequadas a uma utilização socialmente correcta, mas livre, das autocaravanas.
Em Portugal tudo tem sido conduzido no sentido de condicionar a LIBERDADE autocaravanista, seja pelos “pró-campistas” com interesses comerciais ou associativos, seja pelos “ingénuos” representantes (e outros auto-intitulados) defensores do movimento que, com o “touring”, pretendem associar - confundindo - autocaravanismo e automobilismo.
Todos têm seguido uma política de conciliação de objectivos, tantas vezes ao arrepio da nossa LIBERDADE. Procuram parcerias e plataformas, ajustando interesses e sensibilidades, para nos convencerem da sua benevolência, procurando escamotear a apetência pelo condicionamento dos nossos movimentos e pelo nosso dinheiro.
Proclamam-se portadores de boa vontade e de seriedade, difamando quem tem a coragem de assumir a LIBERDADE de pensar diferente, procurando elevar-se no pedestal de uma pretensa vanguarda defensora do direito ao autocaravanismo (ou será antes ao “touring”?).


Tal como em França no rescaldo do Maio de 68, parece haver entre nós quem, receando a LIBERDADE, se junte em iniciativas e tomadas de decisão de, pelo menos, duvidosa representatividade. Com isso podem acabar por condicionar o ideal, mas, como a História revela, nunca conseguirão acabar com o seu espírito.
Por aqui, o espírito da LIBERDADE não morrerá, mesmo que os defensores do “touring” ordeiro e (a)condicionado consigam os seus intentos. Aqui na Tribuna Autocaravanista continuaremos a seguir pela Estrada da Liberdade, porque não há machado que corte a raiz ao pensamento.


Laucorreia

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Se vires as barbas do vizinho a arder...

Presentemente a legislação inglesa apenas permite o estacionamento de autocaravanas com mais de 3.050 kg (sim leu bem, não é 3.500kg) na via pública (ou mesmo nas vias privadas de acesso público sujeitas a limite de velocidade) entre as 7 da manhã e as 6 da tarde, de Segunda a Sexta-feira.
Este quadro já de si não é nada animador, mas ultimamente têm surgido conflitos vários entre moradores, por exemplo na zona de Onchan, devido ao facto de haver autocaravanistas que mantém as autocaravanas estacionadas junto às suas residências, ocupando espaço de estacionamento que os outros moradores reclamam para os seus carros.
Na discussão pública sobre o assunto já há quem defenda a completa proibição das autocaravanas estacionarem na via pública: I would generally support Motorhomes not being able to park on the roadside at all.
Há também moradores que se queixam de terem comprado autocaravanas pequenas para, nos termos da lei local, poderem mantê-las estacionadas na via pública, não obstante verificam que as suas autocaravanas aparecem vandalizadas.
No meio desta polémica o Ministro dos Transportes, David Anderson, anunciou que o Governo inglês iria rever a legislação relativa ao estacionamento de autocaravanas e carrinhas comerciais.
Receio bem que a anunciada mudança legislativa não seja para trazer boas notícias aos autocaravanistas.
De há muito que me habituei a aprender com as pessoas que sabem mais e/ou com a realidade dos países que estão mais adiantados do que nós. É por isso, e por as situações que aqui vou relatando se multiplicarem, que nesta Tribuna tenho lançado o meu grito de alerta aos autocaravanistas portugueses: mobilizem-se, organizem-se e lutem pelos nossos direitos colectivos. Não é com arraiais, muito menos com tontos malabarismos exibicionistas, que lá vamos.

Bem diz o povo: Se vires as barbas do vizinho a arder... põe as tuas de molho!

Raul Lopes

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Autocaravanismo em discussão no Turismo do Alentejo Litoral

Na passada sexta-feira, o Turismo do Alentejo Litoral promoveu uma sessão informativa para operadores turisticos e empresários da região sobre “Medidas de Apoio ao Sector”. Um dos temas em discussão foi naturalmente o autocaravanismo. Fica a dúvida em que termos se terá discutido...Se numa perspectiva de criação de locais próprios de estacionamento e de pernoita ou na problemática da resolução da "invasão" do litoral alentejano pelas autocaravanas, proibindo o simples estacionamento e remetendo-nos para os parques de campismo...
A notícia do referido encontro foi transmitida pela Rádio Sines:

Turismo do Alentejo Litoral promoveu sessão informativa para operadores turisticos
Esta sessão revelou que a criação do Turismo do Alentejo Litoral é de grande utilidade e apelo aos empresários para colocarem questões a esta entidade regional que irá fazer chegar os problemas ao Turismo de Portugal”. O apelo foi feito pelo Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Vítor Proença e simultaneamente Vice-Presidente da direcção da Turismo do Alentejo Litoral, no final da sessão informativa que decorreu em Santiago do Cacém, no Hotel “Caminhos de Santiago”, subordinada ao tema “Medidas de Apoio ao Sector do Turismo”.Uma sessão promovida pela Turismo do Alentejo Litoral e pelo Turismo de Portugal, e onde os empresários e operadores turísticos do Alentejo Litoral foram informados das medidas de apoio ao sector do turismo implementadas pelo novo organismo Turismo de Portugal. Foram apresentadas as linhas de crédito disponíveis para apoiar a criação de novos investimentos no sector e foi também explicado o modelo de funcionamento do Canal Promoções do portal de turismo interno que pode ser consultado através do endereço: http://www.descubraportugal.com.pt/ Este site na Internet foi lançado no âmbito da campanha “Descubra um Portugal Maior”, do Turismo de Portugal no passado dia 16 de Fevereiro e que tem como objectivo estimular os portugueses a redescobrir o País e a desfrutar da diversidade e riqueza da oferta turística nacional.Este canal pretende apoiar directamente os operadores e empresas afectados pela quebra de poder de compra nos principais mercados emissores estrangeiros, disponibilizando-lhes uma plataforma adicional de promoção dos seus produtos, de divulgação de factores diferenciadores que incentivem os portugueses a preferirem Portugal para as suas férias e fins-de-semana, como alternativa potencial a destinos estrangeiros.Durante a sessão, a mais participada e interventiva das reuniões que decorrem um pouco por todo o país, de acordo com responsáveis do Turismo de Portugal que organizaram a sessão, esteve também e para alem do Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, o Presidente da direcção da Turismo do Alentejo Litoral, Carlos Beato, o adjunto do gabinete do Secretário de Estado do Turismo, Filipe Silva e Maria José Catarino, Vogal do Conselho Directivo do Turismo de Portugal, que responderam depois da apresentação da sessão às duvidas apresentadas pelos operadores turísticos do Alentejo Litoral que aderiram à sessão informativa.Várias dúvidas foram colocadas, algumas relacionadas com o atraso na entrega de verbas provenientes de fundos comunitários para projectos turísticos, restrições ambientais que limitam o desenvolvimento turístico e os problemas do auto-caravanismo. As dificuldades das pequenas e médias empresas no acesso às linhas de crédito foi outra questão colocada na sessão.

terça-feira, 21 de abril de 2009

O mau comportamento de alguns legitima a perseguição de todos os autocaravanistas


El Egido, na Província de Almeria, sul de Espanha, era tido como um paraíso selvagem para os autocaravanistas, já que as praias e o tempo ameno convidavam a ir até lá, e uma vez lá, “ninguém chateava”.
Não custa admitir o que por lá se foi passando, e as queixas de residentes não tardaram. No Verão passado um habitante fotografou um autocaravanista a despejar a sanita na sarjeta e com essa ilustração apresentou queixa no Município local.
A 3 de Dezembro último a Autarquia aprovou um regulamento que no seu artigo 26 estabelece:
No están permitidos los siguientes usos impropios de los espacios públicos y de sus elementos: acampar en las vías y los espacios públicos, acción que incluye la instalación estable en estos espacios públicos o sus elementos o mobiliario en ellos instalados, de tiendas de campaña o tinglados similares, así como la permanencia de autocaravanas o caravanas, salvo autorizaciones para lugares concretos. De incumplir esta norma de conducta, el Ayuntamiento podría sancionar al infractor con multas que oscilarían entre los 0,60 y los 300 euros.

Por agora a Polícia Local limita-se a dar um ultimato de 72 horas para os autocaravanistas retirarem, sob pena de serem rebocados. No Verão logo se verá o que acontece.
Uma coisa é clara desde já: esta é mais uma situação onde o mau comportamento de alguns legitima a perseguição de todos os autocaravanistas.
Definitivamente precisamos todos de compreender que pernoitar em autocaravana não pode confundir-se com acampar na via pública. Mais, se queremos ter legitimidade para reclamar os nossos direitos de turistas itinerantes, então temos que aceitar que o preço a pagar é impormos a nós mesmos um comportamento irrepreensível. De contrário continuaremos a ser vistos simplesmente como selvagens, seja pelas populações locais, seja pelos seus representantes institucionais.
Pior do que o efeito ambiental destas práticas é o efeito perante a opinião pública. Pensem nisso!

Raul Lopes
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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Viajar Pela Patagónia

A Tribuna volta hoje ao tema das Viagens. Desta vez à mítica Patagónia na Argentina. Temos vários leitores brasileiros, tendo já publicado um post do companheiro Luiz Tostes sobre o Autocaravanismo no Brasil e os companheiros Graça e Renato são presença habitual como nossos "comentaristas".

Hoje a reportagem é da companheira Nadja Gomes Sampaio que a bordo do "Farofa", percorreu mais de 14 mil kms em 41 dias. Foi uma grande epopeia como podemos facilmente constatar pelas palavras desta aventureira e que mereceu honras de publicação no Jornal O Globo.



A BORDO DO FAROFA

Atravessar a Argentina percorrendo 14.527 quilômetros em um motor home (uma Kombi com a casa em cima) é uma aventura... e das melhores! O motor home, no caso, é uma Kombi Safari da Karmann Ghia, o Farofa: ano 1993, duas camas de casal; mesa; banheiro químico, pia e chuveiro de água quente; cozinha com fogão de duas bocas, pia, frigobar e armários. Esta foi a nossa confortável casa durante 41 dias. Nesta expedição estávamos eu, minha filha e dois amigos. Vivemos e vimos muito nas estradas de retas enormes, com vento da Patagônia, e ainda caminhos de rípio, um cascalho de pequenas pedras redondas. Nas partes onde está mais endurecido, pelas quais passam caminhões, formam-se costeletas, a casa sacode toda, a poeira invade tudo, depois é preciso fazer uma faxina.
O Farofa anda devagar, não passava de 60 km/h quando havia vento, e só chegava a 90 km/h nas melhores estradas, o que nos permitia apreciar a paisagem, que, mesmo no deserto, vai mudando. E, depois de muita estrada, sempre chegávamos a um lugar lindo, como se fosse um presente para os desbravadores.

Saímos do Rio em 27 de dezembro passado e rodamos três dias até Foz do Iguaçu. Primeiro problema: a validade da Carta Verde, seguro obrigatório para dirigir pelos países do Mercosul, começava no dia 1 de janeiro, e estávamos em 30 de dezembro. Policiais argentinos nos deixaram seguir para comprar em Puerto Esperanza o seguro do dia que faltava. Custou 170 pesos (cerca de R$ 100), mais da metade do que fora pago por um mês.

Nas estradas argentinas, é obrigatório andar com o farol aceso durante o dia. E a sinalização para ultrapassagem é ao contrário da usada no Brasil: quando o motorista da frente liga a seta da esquerda, é porque se pode passar. Na divisa das províncias Corrientes e Entre Ríos, fomos parados por não ter faixas refletoras nas laterais do veículo nem a velocidade máxima atrás. O patrulheiro já começou negociando, baixando a multa de 1.100 para 800 pesos, se pagássemos em moeda argentina. Depois de uma hora e meia de conversa, em que apelamos até para o aniversário da minha filha, naquele dia, chegamos ao valor de R$ 150 (passamos para reais porque tínhamos poucos pesos).

Após pagar, disse que gostaria de saber o número da lei pela qual estava sendo multada. O policial pegou meus documentos, foi conversar com o chefe e, na volta, devolveu o dinheiro, anunciando ser um regalo, um presente de aniversário, para minha filha. E não disse o número da lei. Chegamos a Buenos Aires às 21h30m, para passar o réveillon e comemorar o aniversário.

No dia 2 de janeiro, seguimos pela Ruta 3 em direção à Patagônia. Depois de três dias, alcançamos Puerto Pirámide, onde passeamos de barco (100 pesos por pessoa) e vimos leões-marinhos, elefantes-marinhos, pinguins e outras aves. Acho que chegamos no único dia de verão da Península Valdés: fazia um calor de 40 graus Celsius. Dormimos no camping municipal, a 15 pesos por pessoa.

No dia seguinte, andamos 268 km de rípio para conhecer outro habitat de leões-marinhos e pinguins na Península Valdés. Depois, seguimos para Usuhuaia. A primeira parada foi em Comodoro Rivadávia. A partir de lá, começa a ventar muito. O Farofa tem três metros de altura; rodas para dentro do limite do carro, o que aumenta a instabilidade, e uma folga na direção, natural numa Kombi. Era preciso segurar o motor home no braço. Quando éramos ultrapassados por caminhões, balançava ainda mais.

Anoitecia às 23h30m, e viajamos até as 21h. Paramos em Comandante Luis Piedra Buena, uma cidadezinha linda, no ótimo Camping Vial (18 pesos por pessoa). A Argentina tem muitos campings, quase todos com boas duchas a gás e energia a 220 volts.
A próxima parada foi em Rio Grande, na Terra do Fogo, onde dormimos na rua mesmo. Para chegar à ilha onde fica a cidade, é preciso passar por quatro alfândegas (sair da Argentina, entrar no Chile, sair do Chile e entrar de novo na Argentina), rodar 120 km de rípio e cruzar de balsa o Estreito de Magalhães. Uma epopeia!

Finalmente, Ushuaia. Passeamos de barco pelo Canal de Beagle (80 pesos por pessoa), fizemos um tour para conhecer a história da cidade (20 pesos), visitamos o Parque Nacional Tierra del Fuego (50 pesos) e fomos à Baía de Lapataia, onde termina a Ruta 3 - a 3.075 km de Buenos Aires.
Começamos o caminho de volta e dormimos no Estreito de Magalhães, no porto da balsa. Vimos uma linda lua cheia nascer amarela, quase à meia-noite, no Farol do Estreito. De El Calafate, voltamos para Rio Gallegos, para pegar a Ruta 3, desta vez para subir. Chegamos a Puerto San Julian, onde há uma réplica da nau Victoria e um museu contando como foi a chegada da frota do espanhol Fernão de Magalhães, na sua volta ao planeta. O camping municipal é baratinho: 10 pesos pelo veículo e 1 peso por pessoa.

De Puerto San Julian, na Patagônia, voltamos para Comodoro Rivadávia. No caminho, o pneu da frente furou num declive. Tivemos dificuldades, até porque o acostamento da Ruta 3 é pequeno e de cascalho. Resolvemos mudar a rota e ir para Bariloche.

Nossa primeira parada foi em Esquel. Ficamos no Camping Nahuel Pan, o mais caro de toda a viagem, a 28 pesos por pessoa (menos de R$ 20). No dia seguinte, descobrimos que o posto Petrobras, em frente ao camping, tinha uma ducha maravilhosa, a 3 pesos por pessoa. Em Esquel, fizemos a manutenção do veículo, e ainda deu tempo de aproveitar uma viagem no La Tronchita (tíquete a 50 pesos), um trem a vapor de 1916, original. Ele percorre 400 km entre Esquel e El Maitén (na divisa das províncias de Rio Negro e Chubut), passando por paisagens e formações rochosas lindíssimas. Em El Maitén, visitamos um museu de culturas originárias da Patagônia.

Entre Esquel e Bariloche, almoçamos em El Bolsón, cidade cheia de mochileiros, de ecopasseios, e com uma cerveja artesanal deliciosa. Chegamos quase à noite em Bariloche. Dormimos em um estacionamento em frente ao Lago Nahuel Huapi, com a melhor vista da cidade. No dia seguinte, fizemos o circuito Chico, que inclui subir de teleférico (35 pesos) e se deslumbrar com a vista do Cerro Campanário. Como havia sol e estava muito quente, minha filha e um amigo se aventuraram em um mergulho nas águas gélidas do Lago Moreno. Eu me contentei em molhar as pernas em ambos.

De Bariloche, rodamos por Neuquén, Bahía Blanca, e fomos dormir em Tres Arroyos. No dia seguinte, chegamos a Buenos Aires. Depois de saracotear quatro dias pela capital, pegamos a estrada de volta para o Brasil, fazendo o mesmo percurso.
De novo, em Entre Ríos, fomos parados em uma barreira. Depois de não achar nada para multar, o policial nos pediu uma ajuda para a caixinha. Dei 10 pesos e seguimos para dormir em um posto YPF.

No dia seguinte, chegamos a Puerto Iguazu. Ficamos em outro posto da bandeira, do lado da alfândega, que tinha toda a estrutura, para economizar e, depois, gastar nas lojas duty free, que são de enlouquecer os consumistas. Conhecemos as Cataratas do Iguaçu, mais bonitas do lado argentino.

Qualquer um com um carro de boa mecânica e bons pneus pode fazer essa aventura. Nem precisa de GPS. Eu levei o meu, a Maria do Socorro, que foi de grande auxílio para entrar e sair de Buenos Aires. Mas, de um modo geral, bastam bons mapas.

Praticamente todos os campings argentinos têm as chamadas cabañas, pequenos apartamentos confortáveis e com preços bem mais em conta do que os de hotéis, principalmente para quem viaja com criança. O campismo é muito difundido na Argentina, e muitas pessoas usam motor homes e trailers.

É uma viagem barata. Gastamos na média 80 pesos (R$ 50) por dia, em alimentação e acomodação, num total de R$ 2.173 por pessoa (41 dias). A gasolina custou R$ 4.684,28, ou R$ 1.171 para cada um. O gasto total, por pessoa, não incluindo os passeios pagos nem as comprinhas pessoais, foi de R$ 3.344. Na minha conta ficaram os consertos do Farofa e a troca de óleo e de pneus, num total de 1.400 pesos (R$ 860). Mas o prazer de desbravar a Patagônia e a Terra do Fogo, esse não tem preço...


Nadja Gomes Sampaio

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Área de Serviço de O Barco de Valdeorras

Recebemos dos nossos companheiros da Associação Galega de Autocaravanas o pedido de divulgação da inauguração de mais uma área de serviço para autocaravanas em Ourense que se vai realizar neste fim de semana.


O Concello de O Barco de Valdeorras (Ourense) invita a todos los autocaravanistas los actos a celebrar los próximos días 17, 18, y 19 de Abril de 2009, con motivo de la inauguración del área municipal de servicio de autocaravanas.




PROGRAMA PROVISIONAL


VIERNES, 17 DE ABRIL

Tarde/Noche

- Recepción de todos los visitantes en la explanada del área situada en el “Campiño de Viloira”.

CENA - LIBRE.(*)


SÁBADO, 18 DE ABRIL

Desde las 10:00 horas – Acreditación de los autocaravanistas asistentes. Lugar delante de la explanada o lugar de concentración.

11:00 horas.- Visita al Mosteiro de Xagoaza y entorno. Visita a la Bodega Godeval, y degustación de sus caldos.

13:30 horas.-Inauguración del Área de autocaravanas por parte de las autoridades así como representantes de las asociaciones autocaravanísticas. Invitación a un aperitivo y un vino.

17.30 horas.- Por la tarde haremos una visita guiada por la villa de O Barco, con un guía turístico facilitado por el Concello, recorriendo el Malecón, el paseo peatonal de Playa del Oro, A Proba, Polígono Industrial, y regreso por el Área Recreativa de O Salgueiral.

CENA - LIBRE.(*)


(*)MENU MESÓN O ISLA (Viloira). Tel: 988326005

1º plato, a elegir uno: calamares, chipirones, entremeses, callos, sopa de pescado o ensaladilla.

2º plato, a elegir uno: Churrasco, codornices, chuleta de ternera, filete de ternera, ternera guisada, merluza o salmón.Postres, café, agua, pan y vino.

Precio: 12 euros.


DOMINGO, 19 DE ABRIL·

11:00 horas.- Jornadas de puertas abiertas para que todo aquel que esté interesado en conocer como es una autocaravana por dentro, tenga la oportunidad. Enseñaremos a todo el que así lo desee nuestras autocaravanas, nuestro modo de concebir este tipo de turismo.·

12:00 horas.– Visita una bodega de vino y degustación de sus caldos·

A partir de las 13:30 horas.- Clausura y despedida por parte de las autoridades locales y asociaciones a todos los autocaravanistas asistentes, este acto se desarrollará en el área de autocaravanas”. Se entregará un detalle de despedida por parte del Concello de O Barco. “Fin de la inauguración y regreso a los lugares de origen.”


Apoyan este acto:
Asociación Galega de Autocaravanas (AGA)
www.web-aga.org

Plataforma de Autocaravanas (PACA) www.lapaca.org

Notas a tener en cuenta:

La única condición para asistir es e ser autocaravanista, para asistir a los eventos gentileza del ayuntamiento·


IMPORTANTE: Para motivos de la organización es obligatoria inscripción previa: email: inscripciones@web-aga.org asunto O BARCO, NUM.PERSONAS y LOCALIDAD ORIGEN· Se recuerda a todos, que las asociaciones PACA, sus delegados y AGA y Junta Directiva, no se hacen responsables de los posibles daños que se puedan originar durante estos actos, tanto a personas como a enseres, así como los cambios organización producidos.·


Este programa es provisional y tanto los ACTOS, HORARIOS como LUGARES de celebración podrán estar sujetos a modificaciones sin previo aviso·

Nuestro agradecimiento al Concello de O Barco, Manuel Arias, y a todos los que de alguna manera apoyaron la creación de esta nueva infraestructura turística.·

En caso limitación de plazas a los diferentes eventos, tendrán preferencia los pertenecientes a alguna asociación o club autocaravanista.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Pelas fraldas da Serra da Estrela: Rio-Torto

Depois de Gouveia eis que chegamos à “minha aldeia”, Rio-Torto:

À entrada, no Adro da Igreja, estacionem as autocaravanas, podem pernoitar em segurança se desejarem, até têm sanitários públicos e água potável, e vão há descoberta:

Como paróquia é muito antiga tendo o documento onde se pode encontrar o registo de Rio Torto a data de 1269. Contudo, na Grande Enciclopédia Luso – Brasileira de Cultura, ao descrever e contextualizar Rio Torto, vem mencionada, em documento de 13 de Julho de 1091. Por outro lado há que considerar que esta pequena aldeia do interior não existia ainda como freguesia, constituída no Século XIII.Entretanto tira-se das mesmas inquirições a agradável conclusão de que se a freguesia ainda não existia no Século XIII, já existia a povoação, o lugar, pois de outra forma não podia compreender-se que Rivo Torto (do Latim Rivus, Ribeiro, Ribeira, Rego e Levada) repetidas vezes fosse repetido em Acta da Vila de Fornos, incorporada em tais inquirições, para se dar notícia algo desenvolvida da existência e movimento de propriedades (herdades) em Rio Torto, pertencentes a entidades e pessoas quer de Fornos, quer de Vila Cova e ainda de Torre de Tavares, no Século XIII.

- Capela de Nossa Senhora do Carmo

-Capela de Nossa Senhora dos Verdes

-Capela de Nossa Senhora da Conceição

- Ponte Romana, com caminho de S’antiago, sobre a ribeira de Rio Torto

Solar Boffa Mollinar

Casa dos finais do Século XVIII, com Capela datada de 1748, actualmente Turismo de Habitação

Dólmen - Monumento Pré-Histórico
Este dólmen, construído em pedra, está situado em propriedade privada, a 120 metros à esquerda da Estrada Nacional 17, no sentido Coimbra / Celorico da Beira, ao quilómetro 103.É constituído por elementos verticais, os esteios (pedras colocadas ao alto, formando uma parede) e um elemento horizontal colocado sobre os esteios como um tecto (tampa ou chapéu).Tanto os esteios como o chapéu são lajes graníticas, de grandes dimensões, cada elemento pesando toneladas.Está cientificamente provado que esta construção se destinava a rituais fúnebres ao povo paleolítico que habitava a região.Neste monumento pré-histórico foram encontradas ossadas humanas (do crâneo), mais de uma dezena de pontas de setas, vários fragmentos de setas, uma placa de argila, facas e um vaso de argila.

NOTA: “Há muitos milénios a região era habitada por uma raça de origem celta que professava a religião druidica.Os sacerdotes tinham um grande poder religioso, político e administrativo.Acreditavam na metempsicose (teoria que admite a transmissão das almas de um corpo para o outro), bem como na virtude de algumas plantas como medicamentos, como o visco (plantas parasitas) que era uma planta sagrada, sendo colhida em noites de lua cheia com uma foice de osso, com grande cerimonial e servia para fazer augúrios.”

Ermida Nossa Senhora dos Verdes

A Ermida Nossa Senhora dos Verdes, está inserida na Herdade do Monte Aljão, actualmente um parque de lazer e aventura de desportos radicais, muito bem estruturado, o qual possui um Parque Campismo Rural.

Festas e Romarias: Festa de São Domingos (2º Domingo de Agosto, sendo a festa principal), festa de Nossa Senhora da Conceição (1º Domingo de Agosto) e festa de Nossa Senhora dos Verdes (no 7º Domingo depois da Páscoa);Locais de Interesse Turístico: Azenhas, parque de merendas do Rascão, campo desportivo e açudes da ribeira de Rio Torto, onde podem pescar barbos e trutas.


Gastronomia e Artesanato

Neste domínio a referência vai para o Queijo da Serra e o requeijão, por muitos considerado o melhor queijo do Mundo.

Mas há muito mais: São também deliciosos o pão de centeio, a morcela, o chouriço, a farinheira, o cabrito assado, a alambicada de borrego, as feijocas “à pastor”, a sopa de moiros, a sopa de bacalhau, o caldo de castanha, o arroz de carqueja, as bôlas de carne, só para abrir o apetite.No âmbito das sobremesas, destacam-se o arroz doce confeccionado com leite de ovelha, o doce de castanha, o leite-creme, o doce de abóbora e os bolos doces.Acompanhar, não pode faltar o bom vinho Dão da região.No que respeita ao artesanato merecem especial destaque os trabalhos de tecelagem manuais, as camisas e casacos de pastor, os chinelos e mantas de trapos, as botas cardadas, a olaria e tanoaria tradicionais.

O Concelho de Gouveia, tem uma oferta diversificada de locais onde se pode desfrutar de esplêndidos sabores e aromas da gastronomia da Serra da Estrela.


Verde Água / Parque de Nossa Senhora dos Verdes / 6290 Rio Torto

ABM / Estrada Nacional 232 / 6290 - 414 S. Paio

O Júlio / Rua do Loureiro, 11 A / 6290 – Gouveia

O Flôr / Rua Cardeal Mendes Belo / 6290 - Gouveia

O Albertino / Largo da Igreja , 5 / 6290 - 081 Folgosinho

O Mocas / Rua do Oitão, nº 8 / 6290 - 081 Folgosinho

Sabores da Serra / Hotel Eurosol / Av. 1º. de Maio / 6290 - Gouveia

A Brasa / Rua Casimiro de Andrade, 14 r/c Esq. / 6290 - 320 Gouveia

Cunha / Rua Dr. Carlos A. Ferreira / 6290 - Vila Nova de Tazem

Fonte dos Namorados / Bairro Fonte dos Namorados / 6290 - 121 Melo

O Parrô / Zona Industrial de Gouveia / 6290 Gouveia

O Túnel / Escadinhas da Misericórdia / 6290 - Gouveia

Quinta das Cegonhas / Nabaínhos – Melo / 6290 - 122 Gouveia

Quinta do Adamastor / Rua do Hospital, nº 215 / 6290 - 071 Figueiró da Serra

Ponte dos Cavaleiros / Bairro da Serrã / 6290 - 051 Arcozelo da Serra

Parques, pernoita e campismo

… Sugiro para os itinerantes, estacionar e pernoitar, os centros das aldeias e seus adros, para os campistas, deixo estes exemplares.


Parque de Campismo do Curral do Negro
Curral do Negro
6290 - Gouveia

Telefones: 238491008
Fax:
Web:
e-mail: curral.negro@fcmportugal.com


Quinta das Cegonhas
Nabainhos
6290 - 122 Melo
(campismo, quartos, apartamento - todo o ano)
Telefones: 238745886
Fax:
Web: http://www.cegonhas.com/
e-mail: cegonhas@cegonhas.com


Parque de Campismo do Vale do Rossim
Vale do Rossim
6290 - Gouveia

Telefones: 275336679
Fax:
Web:
e-mail: atorre@iol.pt

Consulte e descubra mais aqui: http://www.cm-gouveia.pt/
… Espero que se divirtam e desfrutem da melhor maneira, se ficaram apaixonados e quiserem radicar-se nesta zona, é dirigirem-se à “Serrana” Imobiliária ou Predimarvão, digam ao meu irmão que vão da minha parte; E SEJAM FELIZES !!! …

Eugénio Santos

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Pelas fraldas da Serra da Estrela: Gouveia

… Cá estou eu a “dizer presente” ao desafio, em boa hora lançado pela Tribuna Autocaravanista, e mostrar, um pouco (queriam tudo?), das minhas raízes o meu “berço”.

- Em tempos num Fórum, abordei o assunto telegraficamente, desta vez pretendo mostrar algo mais elaborado, mostrar “caminhos”, quer viários, de cultura, lazer ou gastronómicos, (os bailes e bailaricos deixo que os adeptos os descubram) … interessa-me “levar” o Autocaravanista Itinerante, a debruçar-se, com outros olhos, pelo lado Ocidental da Serra da Estrela, mais concretamente GOUVEIA e RIO-TORTO, a sede do concelho e uma das suas freguesias, por sinal a “MINHA”, viajando e itinerando num todo, pois no meu conceito, “viajar itinerando” é fotografar com os olhos, não fossemos nós os lobos dos Montes Hermínios.


… Com este pensamento; vamos rolar:

A cidade de Gouveia, sede concelhia, encontra-se situada a cerca de setecentos metros de altitude. Edificada na encosta ocidental da Serra da Estrela, subindo a estrada N232 – Gouveia - Vale do Rossim (Mondeguinho, nascente do Rio Mondego) – Manteigas, o melhor acesso à Serra da Estrela para autocaravanas, subida mais suave, o panorama que dali se desfruta com paisagens a “perder de vista” são das mais belas do país.

Desconhece-se a época da sua fundação, possivelmente ao domínio romano da península ibérica. Velhas crónicas afirmam ter sido povoada pelos Túrdulos, 500 anos antes da era cristã os quais lhe teriam dado o nome de Gouvé. “ Aparentemente Gouveia ficava num cruzamento de vias romanas”.

Em 1083 D. Fernando I, Magno, (Rei de Leão e Castela), integrado no movimento da Reconquista Cristã retomou Gaudela aos Mouros. O primeiro foral de Gouveia foi concedido no ano de 1186 por El-rei D. Sancho I e confirmado por D. Afonso II em Coimbra a 11 de Novembro de 1217. Diz-se que D. Manuel concedeu novo foral “em 1 de Julho de 1510”.Também em Gouveia a família judaica teve acentuada influência, exemplo disso é uma judiaria no bairro da Biqueira, que dão testemunho vários edifícios, entre os quais a capela de Santa Cruz.

Dos Bairros de Gouveia, destaco dois, pelas marcas que ajudam a definir a cidade:

Bairro do Castelo

Considerado o berço de Gouveia, o denso casario é entrecortado por ruas estreitas e tortuosas que conduzem à Igreja paroquial de S. Julião, edifício barroco de traçado simples, onde sobressai a torre sineira única. No interior encontram-se sete retábulos de talha que foram transladados da Igreja do Convento de S. Francisco. Encontra-se aqui a Biblioteca Vergílio Ferreira.



Biblioteca Municipal - Vergílio Ferreira
O Solar dos Serpa Pimentel é um edifício setecentista, com capela provada dedicada à invocação de Santa Eufémia. Destacam-se as suas marcas barrocas e o brasão esquartelado e trabalhado em granito, na janela central da fachada principal. Após as obras de restauro foi aqui instalada a Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira. Natural do concelho de Gouveia (freguesia de Melo), Vergílio Ferreira notabilizou-se como romancista e ensaísta.

Bairro do Toural

Ainda na freguesia de S. Pedro, o Bairro do Toural e a sua Rua Direita, via sinuosa onde se situa a Fonte do Assento e a Igreja Matriz. No seu seguimento pode apreciar-se a Casa da Torre, com a sua janela manuelina classificada como monumento nacional em 1928 e o Museu Abel Manta.

Casa da Torre - janela manuelina

Museu de Arte Moderna Abel Manta
O museu Municipal Abel Manta (1888 – 1982), instalado no antigo Solar dos Condes de Vinhó e Almedina. Este edifício setecentista foi recuperado com o propósito de ali acolher parte do espólio do ilustre pintor gouveense, Abel Manta. O museu, para além desta riqueza artística, encontra-se valorizado com esculturas, gravuras e pinturas gentilmente doadas pelo seu filho, arquitecto João Abel Manta.


Praça de S. Pedro
Situada no coração da cidade, podem admirar-se aqui alguns testemunhos importantes da riqueza do seu património, como a Igreja de S. Pedro, a Igreja da Misericórdia, o Solar dos Serpa Pimentel e a Fonte de S. Lázaro, datada, segundo a sua própria cronologia, de 1779. A Igreja de S. Pedro é a matriz. Trata-se de uma construção datada do século XVII que impressiona, no exterior, pela sua traça arquitectónica e no interior, pela beleza da talha dourada que ostenta. A Igreja da Misericórdia data do século XVIII e sobressai pelo barroquismo e pela aplicação dos azulejos que lhe cobrem a fachada.

Paços do Concelho - antigo Colégio da Santíssima Trindade

O edifício dos Paços do Concelho (antigo Colégio da Santíssima Trindade) data do século XVIII e foi mandado edificar, para o ensino de Latim e da Moral, tarefa de que foram incumbidos, até à sua expulsão em 1759, os Jesuítas. Durante as invasões francesas, em 1809, foi transformado em quartel, servindo também como hospital militar. Depois de 1839 serviu de instalações ao Tribunal da Comarca e da Cadeia Pública. Já no século XX, em 1964, o edifício foi objecto de obras de conservação e remodelação, preservando-se cuidadosamente os seus traços arquitectónicos dos quais cumpre destacar a fachada principal, com as armas nacionais, ao centro.

Monte do Calvário - Capela do Senhor do Calvário

Outrora conhecido como “Monte Ajax”, o Monte do Calvário constitui o local sagrado por excelência, de Gouveia. A importância deste lugar deve-se à iniciativa dos padres jesuítas do Colégio de Gouveia que ali mandaram edificar uma capela ao Senhor do Calvário, em reconhecimento da protecção divina quando do terramoto de 1755. Na escadaria que leva à capela, encontram-se duas capelinhas alusivas aos Passos da Paixão de Cristo: a Agonia de Jesus no Horto e o Beijo de Judas. As festas do Senhor do Calvário realizam-se todos os anos na primeira metade de Agosto e têm a duração de cinco dias. Trata-se da maior romaria anual da região beirã.


Dos restantes Bairros de Gouveia, deixo à descoberta, apenas deixo a dica:
Gouveia chegou a ser considerada “O tear da Beira” (...) Por volta de 1873 havia em todo o concelho 23 fábricas de tecidos, com 192 teares manuais. A base da indústria de lanifícios estava aliada à riqueza de pastagens que abundam em toda a serra e a prática do pastoreio que fornecia matéria-prima às fábricas de fiação tecidos e lacticínios por todo o concelho. O declínio da indústria têxtil obrigou a recentrar todo o tecido económico. Actualmente aposta no turismo como factor de desenvolvimento.

Amanhã será a vez da "minha aldeia”, Rio-Torto.

Eugénio Santos

terça-feira, 14 de abril de 2009

IV Gesto Eco-solidário

Realizou-se no último fim de semana de Março a 4ª edição do Gesto Eco-solidário, onde mais uma vez se constata o mau serviço dos meios de comunicação social. Apenas os media regionais noticiaram esta boa iniciativa. O relato seguinte é do ViseuMais.com :


S. Pedro do Sul inaugura Zona de Abastecimento para Autocaravanas

O concelho de S. Pedro do Sul acolheu no passado fim-de-semana, de 27 a 29 de Março, mais um Gesto Eco Solidário dos Autocaravanistas. “Entre a magia das águas e o Maciço da Gralheira” foi o lema da iniciativa organizada pelo quarto ano consecutivo pela Câmara Municipal de S. Pedro do Sul.

Com a participação de cerca de 150 autocaravanistas, o principal objectivo do evento foi fazer a ponte entre as Termas (a magia das águas) e a Serra (o Maciço da Gralheira), apresentando aos visitantes dois dos sítios mais emblemáticos do concelho de S. Pedro do Sul.

Um dos momentos mais significativos do encontro foi a inauguração, durante a tarde de sábado (dia 28 de Março), de uma Zona de Abastecimento para Autocaravanas situada em frente à Escola do 1º Ciclo das Termas. Uma nova infra-estrutura que a autarquia de S. Pedro do Sul colocou ao dispor de quem nos visita.


O novo equipamento está preparado, apenas, para abastecimento de água potável e zona de despejos das águas residuais das caravanas, sendo proibida qualquer outra utilidade do espaço.

De assinalar também no programa dos três dias o plantio simbólico de árvores no Alto do S. Macário, que se realizou durante a manhã de domingo, dia 29 de Março, como um gesto ecológico e solidário dos autocaravanistas que passaram por S. Pedro do Sul.



segunda-feira, 13 de abril de 2009

Vale a pena lutar... sob a liderança de instituições representativas!

O Município de Santander, em Espanha, instituiu um regulamento (mais um) a proibir indiscriminadamente o estacionamento de autocaravanas.

A FEAA (Federação Espanhola de Associações Autocaravanistas), pontualmente de forma conjugada com a PACA (Plataforma de Autocaravanas Autónoma), desencadeou um processo de defesa dos direitos dos autocaravanistas que passou por vários níveis de actuação: negociação directa com o Município reclamando a supressão da proibição e a criação de uma área de serviço; recurso administrativo para as autoridades regionais; recurso ao Provedor Público e disponibilidade para apoiar judicialmente os autocaravanistas na contestação das multas de que tenham sido vítimas.
Parece mesmo o que se passa por cá, não é?


Pois… por cá a Federação dos campistas reclama para si a tutela do autocaravanismo, mas na prática limita-se a usurpar os sinais internacionais indicadores das áreas de serviço (com o propósito de impedir a sua utilização fora dos campings). O CPA (que tal como a FEAA é filiado na FICM (Federação Internacional de Clubes Autocaravanas) vai-se entretendo a organizar arraiais… Aliás esta filiação internacional apenas tem servido para meia dúzia de pessoas anualmente participarem numa festa internacional organizada pela FICM.

Por sua vez, os patetas na sua doentia cegueira de dizer o contrário do que nesta Tribuna se vai dizendo, vão enaltecendo a criação de clubezinhos de amigos com autocaravana sem a menor preocupação com os problemas que preenchem a agenda do movimento associativo autocaravanista.

Enquanto isto, por cá os ecos que se fizeram ouvir sobre este caso resumiram-se ao aplauso de uma manifestação em Santander que reuniu uma centena de autocaravanas. Obviamente que nenhuma das instituições que tem estado sentada à mesa com o Município apoiou a convocação de tal manifestação. O sentido da dignidade e responsabilidade institucional assim o exigia. Só os patetas o não entendem.

Surpreendentemente, ou talvez não, entre nós foi precisamente pela mão dos principais lambe-botas da Direcção do CPA que se ouviu o aplauso a tal manifestação. Ou seja, aqueles que cá aplaudem quem se demite da sua responsabilidade institucional, são os mesmos que aplaudem os gestos de “contestação selvagem” capazes de colocar em perigo o sucesso da luta institucional que vem sendo desenvolvida em Espanha.

Fazem-no por incapacidade de definir uma linha de rumo coerente ou por ignorância? Num caso ou noutro, melhor seria que estivessem calados. Se não sabem do que falam… não falem.

Por mim registo mais esta deriva errante dos actuais protagonistas do autocaravanismo, lamentando que sejam pessoas destas a aconselhar os responsáveis do CPA, que, por sua vez, para além de não fazer nada sobre o assunto, “vende a alma ao diabo” deixando que seja a Federação Campista a reclamar-se do direito a falar em nome dos autocaravanistas. Tudo isto por contrapartida de um depoimento a pedido enxertado numa querela, sem o menor interesse para os autocaravanistas, destinada a dar cobertura a uma declaração infeliz de Ruy Figueiredo : que pequenez de espírito!
Quando será que percebemos que, mesmo sem bons casamentos, de Espanha sopram bons ventos? Já era tempo de algumas pessoas abrirem os olhos!
Raul Lopes
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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Boa Páscoa

Faz hoje 4 meses que iniciámos os nossos comentários na Tribuna.
Ao longo destes 120 dias foram publicadas mais de 100 mensagens e 4 dezenas de comentários dos nossos leitores, que nos fizeram quase 13000 visitas.
São números que nos deixam orgulhosos mas de igual forma responsabilizados para continuar a nossa caminhada e continuar a merecer a visita que diariamente mais de uma centena de pessoas faz à TAC.

Aproveitamos a oportunidade para desejar uma boa Páscoa a todos os nossos leitores, de preferência com utilização da autocaravana. Deixamo-vos com o "nosso" ovo da Páscoa, com a participação especial do coelhinho da Páscoa:




terça-feira, 7 de abril de 2009

Comportamentos erróneos no estacionamento de autocaravanas

No dia 30 de Março, o nosso amigo e companheiro Rui Cruz publicou no fórum do CPA a mensagem que a seguir reproduzimos. O texto traduz muito bem o nosso sentimento sobre este tipo de comportamentos e a problemática em que pode estar envolvido o futuro do autocaravanismo se eles persistirem. Na TAC aproveitamos assim para nos juntarmos ao grito de protesto do Rui na repúdia por este tipo de comportamentos.

Rui, no autocaravanismo como na vida, não deixes que o cansaço se apodere de ti, continua a erguer a tua voz e a remar contra a maré.

Olá a todos os Companheiros(as)

Há imenso tempo que não venho ao forum por razões que agora não interessam mas, depois de ver o que vi ontem, não poderia deixar de vir aqui relatar o que presenciei na Praia da Figueirinha em Setúbal em pleno Parque Natural da Arrábida e do Estuário do Sado. Nesta praia há alguns anos a esta parte que, aos fins de semana se juntam algumas AC para beneficiar da paisagem extraordinária e da praia sossegada, embora de água geralmente fria.

Julgo que até ao momento nunca houve qualquer problema de segurança e, muito menos com as autoridades a incomodarem quem quer que fosse por ali estar. Verdade seja dita que das vezes que ali fiquei também nunca vi ninguém prevaricar e/ou desrespeitar o código de boa conduta que é apanágio dos verdadeiros autocaravanistas mas, ao longo dos primeiros meses deste ano, servindo aquele local como ponto obrigatório na voltinha de fim de semana (sem AC) por lá tenho passado variadas vezes e o que tenho visto, e que teve o seu auge ontem não me pode deixar indiferente.

No estacionamento do lado Este do restaurante, do lado do molhe e do Forte de Outão, encontravam-se ontem cerca de doze AC, algumas estrangeiras e outras nacionais que se encontravam estacionadas paralelamente à praia e não na perpendicular como seria de esperar. Resultado, metade daquele estacionamento estava ocupado pelas AC retirando, assim, imensos lugares de estacionamento aos restantes veículos.

Felizmente que o tempo ventoso não era propicio à deslocação de muita gente à praia senão não faltariam os reparos e os protestos contra tal situação.É inconcebivel que se continuem a adoptar tais comportamentos em que quem pode desenrasca-se sem se importar com os outros. É o perfeito apanágio do "salve-se quem puder" em que até estes senhores estrangeiros vêm fazer no nosso Pais o que, certamente, não podem fazer nos países deles agravado pelo facto de que os portuguêses em vez de os corrigirem e chamarem cortezmente à atenção não, adoptam o mesmo comportamento e fazem com que todos sejam considerados "farinha do mesmo saco".

Não nos admiremos, portanto, se nos próximos meses, antes do inicio do período balnear, por lá aparecerem alguns sinais a pôr fim não só aquela imoralidade mas, e acima de tudo, a pôr fim ao estacionamento e a qualquer permanência de AC naquele local. É por tudo isto que cada vez há mais pessoas a olhar-nos como "saltimbancos" de casa às costas, usurpadores e desrespeitadores de locais, gentes e meios envolventes.

Por estas e por outras o Movimento Autocaravanista está como está. Dedicamo-nos a discutir o acessório e nunca nos preocupámos seriamente com o essencial. Cada um tem o que merece.

Obrigado.

Rui Cruz

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Boletins Associativos

Já sairam as edições dos Boletins da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal e do Clube Português de Autocaravanas, cujas capas aqui reproduzimos.





Se fizermos uma ronda pelos vários blogs e fóruns relacionados com o autocaravanismo, praticamente não encontramos qualquer eco dos artigos e das opiniões expressas nestes duas revistas. Sinais do tempo em que cada vez mais nos vamos afastando do associativismo ou "receio" de manifestações contra o poder instalado e o politicamente correcto?

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Homenagem ao generoso inventor do touring

Directamente da cidade Luz, recebemos este naco de fina literatura que não resistimos a partilhar com os nossos leitores:

"À entrada do camping... Ainda espreitei pelo canto dos olhos para ver se estava por ali algum dos escorrimentos rancorosos e ressabiados, da bancada do bota-abaixo do movimento dos autocaravanistas. Mas não, ficaram a falar sozinhos na berma da estrada da internet, a olharem para os egos mal contidos pelos espelhos em que se remiram, babados na auto contemplação doentia. Ninguém à vista! E entrámos, suspeitando porém de uns feios bichos anões, um falcão, um lacrau, uma caracoleta e um tartarugo aluados e ranhosos, com ares de xerifes frustrados."

Quem é o “iluminado” autor? Ora descubra lá... nós ajudamos: é um autocaravanista sério, de boa vontade que, com serenidade, tranquilidade e perseverança luta de forma desinteressada, altruísta e voluntária por uma nobre causa de turismo, lazer e cultura, que alguns saloios designam por “touring” por pensarem que é mais fino e distintivo.

Ainda não descobriu quem escreveu aquela frase única? Nós damos mais uma ajuda. Leia lá esta obra prima do mesmo autor d´O Direito ao Autocaravanismo:

"Quem de certeza não representa os Homens, nem tem qualquer representatividade para questionar, senão o próprio ego, são os miseráveis que desenvolvem comportamentos anti-sociais, e se excluem do convívio em sociedade, e que no seu bota-abaixo falam sozinhos como autistas, perante espelhos que lhe reproduzem os gestos inconsequentes.
O movimento autocaravanista tem vindo a conhecer cada vez mais evidências de tomada de consciência pelo autocaravanismo, não apenas sobre os veículos, a problemática das autocaravanas e os estacionamentos, nem sobre questiúnculas entre autocaravanistas provocadas por quem não cresceu até ser Homem. Assim, multiplicam-se construtivamente, os blogs, as iniciativas e as realizações quer por parte da sociedade civil, quer por parte das autoridades públicas. O movimento dos autocaravanistas atingiu a sua maioridade, está pois em marcha: ordeira, consciente, cooperante e sistemática. Sem papas, sem papões, sem papás.
"

Do alto desta Tribuna fazemos uma vénia ao nobre e distinto autor deste fel que a Bocage faria inveja.

Para quem tivesse dúvidas, aqui está a prova de que o culto e erudito Doutor Luís Nandin de Carvalho é um autocaravanista de bem, sério, bem formado... e sobretudo muito bem educado!

Isto sim, é mostra de classe e nobreza só ao alcance dos iniciados e dos escolhidos. Faz tempo que a ditosa Pátria nos não legava um tão distinto filho. Que privilégio o dos autocaravanistas em poderem contar com ele, não exactamente entre nós, mas bem acima de nós.

Pela proliferaria das suas inigualáveis ideias, pelo empenho que tem colocado na construção de castelos na areia, pela insuspeita postura que em público e em privado tem mantido, pela esmerada educação e fino trato que tem revelado, já era altura dos autocaravanistas se unirem para lhe erguerem uma estátua, senão igual à do Marquês de Pombal, pelo menos com o gabarito de um elefante com o tamanho dos que cresceram até à idade de caminharem para o cemitério pelo seu próprio pé.
Assim sendo, daqui se convocam todos os autocaravanistas de bem e se lhes ordena: FAÇA-SE, JÁ! Nem que para isso seja necessário derrubar todas as estátuas erigidas a Gil Vicente, Camões, Eça de Queirós, Fernando Pessoa, Saramago e outros que tais!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

TOMAR: Será desta?

Depois dos anúncios no início do ano sobre a re-abertura do parque de campismo de Tomar (aqui e aqui), parece que é desta. O texto que reproduzimos em seguida é da autoria de Sebastião de Barros e foi publicado no blog Tomar a Dianteira.


A PARTIR DE JUNHO OU JULHO JÁ SE PODE ARMAR BARRACA OUTRA VEZ

E ainda bem! Estamos todos de parabéns e ninguém saiu derrotado. Bastou que cada um dos lados recuasse só um bocadinho, e aí temos um consenso excelente para aqueles que realmente gostam desta terra. Dirão alguns que, habituados a uma velocidade de cruzeiro pouco compatível com os tempos que se vivem, os membros da maioria PSD, ao sentirem o ritmo cada vez mais rápido, viram-se obrigados a dar o corpo à curva, sob pena de virem a ser cuspidos. É uma visão das coisas que, tendo alguma verdade, em nada crontribuirá para congregar os tomarenses, atitude indispensável face à cada vez mais grave crise que assola o concelho, o país e o mundo.
Seja como for, o outrora prestigiado Parque de Turismo de Tomar vai abrir novamente, após quase seis longos anos de incompreensível encerramento. As obras prosseguem, a limpeza das árvores também, só falta saber quando tudo estará concluído e apto a receber campistas, caravanistas e autocaravanistas. Todavia, nada de embandeirar em arco. Vão passar anos até que a generalidade dos potenciais utilizadores esteja devidamente informada sobre o recomeço da actividade do parque. Entretanto, os eleitos terão de ter coragem e visão para estabelecerem uma tabela de preços que não escalde os visitantes nem vá indirectamente ao bolso dos contribuintes tomarenses. Não faltaria mais que forçar os eleitores de uma cidade decadente a financiarem as férias daqueles que ainda podem viajar. Está-se mesmo a ver, mas mais vale ficar já escrito.
Continuando falar de turistas, será porventura útil explicitar aqui que a indústria tendo por base as férias dos outros é, como qualquer outro sector de actividade, uma máquina complicada. Ora, como é sabido, qualquer máquina é um conjunto de componentes, montados de determinada maneira, por quem sabe, para atingir determinados objectivos. Tomemos um automóvel como exemplo. Pouco ou nada adiantará entregar uma carrada de peças suficientes para virem a constituir um veículo, se não houver quem as saiba colocar de maneira a que funcionem adequadamente e em conjunto. Basta que uma só esteja fora do sítio previsto para que o veículo possa ter problemas graves, ou até deixe de trabalhar. Outro tanto sucede quando, apesar de todas devidamente acopladas, uma delas não funciona porque é defeituosa.
Pois na política, na gestão ou na economia, acontece exactamente o mesmo. Quando um ou diversos componentes da máquina estão mal colocados, funcionam mal, ou não funcionam, a grande máquina empana e adeus eficácia. Um pouco assim como tem vindo e está a acontecer em Tomar -pequenos sinais de desmazelo, de desdém, de desinteresse, de alguma bandalheira, bem documentados nas fotos acima. É assim que esperam cativar os turistas? Acham que estão a facultar uma boa imagem da terra que estão a gerir? Tratando-se de coisas pequenas, facilmente reparáveis, não será certamente "por falta de cabimento orçamental" que nada se faz. Então qual o motivo ou motivos da triste situação? Será para "não dar o braço a torcer"? Se é, melhor seria abandonarem atitudes infantis, que já não usam hoje em dia. Afinal, como diz ou dizia o povo, "só os burros é que não mudam". De opinião, claro está!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Viajar na minha terra: ÉVORA

Évora! Ruas ermas sob os céus
Cor de violetas roxas… Ruas frades
(…)
Évora!... O teu olhar… o teu perfil…
Tua boca sinuosa, um mês de Abril,

Florbela Espanca


O perfil de Évora é o recorte circular das suas ameias, e no topo, vigilante e altaneiras, o zimbório e as torres da Sé que, desde longe se avistam.

Experimente-se pois esta visão da estrada que liga o Redondo a Évora, imaginando que veio de Espanha e já passou por Estremoz, Borba (terra de bons vinhos e petiscos), Vila Viçosa, a princesita alentejana e terra natal da Poetisa.
Estacione fora das muralhas e, se quiser marcar já lugar na sua “quintinha”, terá vários pontos simpáticos à escolha. O Rossio de S. Brás, um terreiro imenso de terra batida muito concorrido por AC, mesmo em frente de uma das portas da cidade: a da rua da República (de meados de Maio até à 1ª semana de Julho, terá forçosamente de escolher outro poiso porque as Festas da Cidade – a centenária Feira de S. João – enche o espaço do habitual local de estacionamento).



Ermida de S. Brás (Rossio)

Rossio: modelo gigante


Rossio: modelo improvisado
Outras hipóteses são perto da Porta da Lagoa, ou ao lado da Porta de Avis. Menos silenciosas que o Rossio, mas a primeira com algum carisma, mesmo ali ao lado do Aqueduto da Água da Prata e da relva.


Aqueduto


Qualquer deles são meros parques de estacionamento, Évora, como tantas outras cidades portuguesas, ainda não acordou para a recepção de AC em zonas próprias e acolhedoras. Quanto a mim, já pensei várias vezes num parque completamente desaproveitado, onde ninguém estaciona, perto da Porta da Lagoa e mesmo ao lado da entrada por um arco cortado na muralha, em direcção ao Teatro Garcia de Resende. Se tivesse dinheiro, até criava ali uma zona simpática e colocaria lá uma casinha de recepção com atendimento personalizado… devaneios de autocaravanista e amante das línguas.



A zona AC sonhada...

Estacionada a AC, está na hora de partir à exploração. Exige-se bom calçado nos pés, porque as “ as ruas frades” se percorrem a pé e sempre com uma máquina fotográfica já que a cidade é vaidosa e esbelta. Se o propósito for histórico e detalhado, um gordo fim-de-semna não chegará para tanta História e arredores. Fechado entre muralhas, o centro histórico é um labirinto de ruas – ermas, frades… - por onde a História respira, desde o período romano, passando por todos os estilos artísticos e arquitectónicos: medieval, gótico, clássico, barroco…, enfim, todas as assinaturas, cores e odores.Logo no Rossio, a ermida de S. Brás; subindo a Rua da República, à esquerda, a Igreja de S. Francisco (com a turística Capela dos Ossos) e à direita os Meninos da Graça.


Depois a Praça do Geraldo e as suas dez ruas (conte-se o número de carantonhas da fonte, na Praça…). Pela 5 de Outubro, peregrinação até à Sé, Templo Romano, Biblioteca, Pousada e Igreja dos Lóios, Paço dos Duques de Cadaval, Universidade, Portas de Moura….

Praça do Geraldo


Sé catedral



Carantonha e o Geraldo (Brasão da cidade)


A toponímia eborense é outro passeio: Esta era mesmo a rua do Diogo.

Regressando à Praça, na Rua da Moeda, a zona judaica, mais à frente pela Rua de Avis, a mouraria, já para não falar de dezenas de capelas com as quais nos vamos cruzando, numa azáfama de História e religião. A par, sempre o branco e o ocre. E o sol, de preferência. Não exagere, evite o mês de Agosto, sempre são 40 ou mais graus…



Poderá sempre refrescar-se nas piscinas municipais, há 40 e tal anos atrás, um exemplo de espaço de ócio, hoje uma estrutura ultrapassada e insuficiente para a procura jovem e desportiva. Opte pois pela Primavera, o sol será mais ameno e igualmente azul luminoso, bom para apreciar paragens em algumas esplanadas, como na Praça do Geraldo; no mercado, comendo um gelado da Zoka, ou uns caracóis e uma imperial, ao lado de S. Francisco.
Para apreciar a boa gastronomia, espaços não faltam, uns para bolsas recheadas, outros para mais parcas: “¼ para as nove” e o seu arroz de tamboril; petiscos vários no “Molhóbico” (também com boa esplanada); os pequenos restaurantes na Rua dos Mercadores…; o café Alentejo; a Cascata ou se a preferência for estrangeira, o “Italiano”. Para apreciadores de doçaria conventual, o “Mel e Noz” ou outras pastelarias menos sofisticadas (Violeta) e gourmets (Boa Boca) que começam agora a nascer.


O templo, claro!



Fonte das Portas de Moura e Palácio Cordovil

Aparte a História, caso tenha trazido o seu atrelado de bicicleta, tem ainda a possibilidade de pedalar ao longo da Ecopista, caso contrário poderá caminhar mais um pouco. A pista circunda Évora pelo lado Este, aproveitando a antiga linha de caminho-de-ferro até Arraiolos… passando pela Graça do Divor, paisagem a destacar, mesmo ali ao lado da barragem. Um salto a Arraiolos também é bom desvio, mesmo que não se comprem os famosos tapetes, é sempre aconselhável. Ou mesmo até Pavia, indo à pesca na barragem de Montargil, ou visitando o Fluviário de Mora...


O branco e o ocre

Enquanto enche os olhos do Passado, tem sempre o lado comercial, mesmo à mão de semear, na Praça dos Geraldo e ruas afins, basta seguir os anúncios…
Ou então, fora das muralhas, o “novo”, como o bairro branco do prestigiado Siza Vieira (Malagueira), naquela que foi (já alguns anos…) uma assinatura diferente de nova arquitectura.
(Lago da Malagueira)


Culturalmente, apesar de já não ser o que era, Évora ainda sopra alguns ventos naturais: o Cendrev, companhia de Teatro profissional terá certamente algo em cartaz no Teatro Garcia de Resende, como por exemplo os imperdíveis Bonecos de Santo Aleixo, ou então, de 2 em 2 anos a Bienal Internacional de Marionetas. Este ano é ano sim, em Maio…
Fora das Muralhas, na zona industrial, a Companhia de Dança Contemporânea, ou então o Espaço do Tempo (companhia do coreógrafo Rui Horta) em Montemor-o-Novo.
Antes de lá chegar convém, porém, um desvio por o cromoleque dos Almendres ou a gruta do Escoural (neste caso, não sem antes telefonar a marcar, 266 857 000).
Mais para sul, aconselham-se outras paragens a caminho do Alqueva: as olarias de S. Pedro do Corval, Monsaraz, a marina da Amieira, aldeia da Luz…
E, para fechar o capítulo, há sempre a possibilidade de regressar em qualquer estação, quiçá a neve se lembre de cair e nasça daí um belo e incomum postal ilustrado …
(Neve em Évora, 2006)
Mais difícil será o mar, mas até Alcácer não é assim tão longe e logo ali está a praia do Carvalhal ou Troia, ou então, para se pisarem MESMO, praias alentejanas, basta seguir Évora-Torrão-Grândola que, até Sines e à costa alentejana ( Porto Côvo , por exemplo) , é só um saltinho.
Em AC há sempre esse salto que torna possível qualquer destino, com ou sem neve, com ou sem praia e, como as estações agora se trocam e baralham como as cartas de jogar, nada é impossível. Boa viagem!

Paula Vidigal