quinta-feira, 2 de abril de 2009

TOMAR: Será desta?

Depois dos anúncios no início do ano sobre a re-abertura do parque de campismo de Tomar (aqui e aqui), parece que é desta. O texto que reproduzimos em seguida é da autoria de Sebastião de Barros e foi publicado no blog Tomar a Dianteira.


A PARTIR DE JUNHO OU JULHO JÁ SE PODE ARMAR BARRACA OUTRA VEZ

E ainda bem! Estamos todos de parabéns e ninguém saiu derrotado. Bastou que cada um dos lados recuasse só um bocadinho, e aí temos um consenso excelente para aqueles que realmente gostam desta terra. Dirão alguns que, habituados a uma velocidade de cruzeiro pouco compatível com os tempos que se vivem, os membros da maioria PSD, ao sentirem o ritmo cada vez mais rápido, viram-se obrigados a dar o corpo à curva, sob pena de virem a ser cuspidos. É uma visão das coisas que, tendo alguma verdade, em nada crontribuirá para congregar os tomarenses, atitude indispensável face à cada vez mais grave crise que assola o concelho, o país e o mundo.
Seja como for, o outrora prestigiado Parque de Turismo de Tomar vai abrir novamente, após quase seis longos anos de incompreensível encerramento. As obras prosseguem, a limpeza das árvores também, só falta saber quando tudo estará concluído e apto a receber campistas, caravanistas e autocaravanistas. Todavia, nada de embandeirar em arco. Vão passar anos até que a generalidade dos potenciais utilizadores esteja devidamente informada sobre o recomeço da actividade do parque. Entretanto, os eleitos terão de ter coragem e visão para estabelecerem uma tabela de preços que não escalde os visitantes nem vá indirectamente ao bolso dos contribuintes tomarenses. Não faltaria mais que forçar os eleitores de uma cidade decadente a financiarem as férias daqueles que ainda podem viajar. Está-se mesmo a ver, mas mais vale ficar já escrito.
Continuando falar de turistas, será porventura útil explicitar aqui que a indústria tendo por base as férias dos outros é, como qualquer outro sector de actividade, uma máquina complicada. Ora, como é sabido, qualquer máquina é um conjunto de componentes, montados de determinada maneira, por quem sabe, para atingir determinados objectivos. Tomemos um automóvel como exemplo. Pouco ou nada adiantará entregar uma carrada de peças suficientes para virem a constituir um veículo, se não houver quem as saiba colocar de maneira a que funcionem adequadamente e em conjunto. Basta que uma só esteja fora do sítio previsto para que o veículo possa ter problemas graves, ou até deixe de trabalhar. Outro tanto sucede quando, apesar de todas devidamente acopladas, uma delas não funciona porque é defeituosa.
Pois na política, na gestão ou na economia, acontece exactamente o mesmo. Quando um ou diversos componentes da máquina estão mal colocados, funcionam mal, ou não funcionam, a grande máquina empana e adeus eficácia. Um pouco assim como tem vindo e está a acontecer em Tomar -pequenos sinais de desmazelo, de desdém, de desinteresse, de alguma bandalheira, bem documentados nas fotos acima. É assim que esperam cativar os turistas? Acham que estão a facultar uma boa imagem da terra que estão a gerir? Tratando-se de coisas pequenas, facilmente reparáveis, não será certamente "por falta de cabimento orçamental" que nada se faz. Então qual o motivo ou motivos da triste situação? Será para "não dar o braço a torcer"? Se é, melhor seria abandonarem atitudes infantis, que já não usam hoje em dia. Afinal, como diz ou dizia o povo, "só os burros é que não mudam". De opinião, claro está!

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