Passaram-se 150 dias sobre a criação da Tribuna Autocaravanista. Os propósitos que nos levaram a enveredar por este trilho verdadeiramente livre e independente estão plenamente justificados à luz da evolução do autocaravanismo em Portugal, sobretudo se tivermos em conta a intervenção dos principais “actores” nesta matéria. O grito de alerta que há cinco meses lançámos, e que caiu como uma pedrada no charco, tinha toda a razão de ser, como a realidade se encarregou de demonstrar.
Assumimos na altura uma ruptura, talvez incompreendida por muitos companheiros, essencial à clarificação e à “separação do trigo do joio”. É hoje indiscutível o papel que temos desempenhado na desmistificação de atitudes e procedimentos que, para além de quererem iludir as consciências livres de cada autocaravanista, procuravam calar qualquer voz crítica que os desmascarasse e que se opusesse ao acondicionamento mental (e físico) de um colectivo que, justamente ávido de um futuro mais digno, poderá não distinguir o acessório do essencial.
Invocando em vão o interesse colectivo, foram-se amontoando contradições e tentadas várias posições de “concertação” entre agentes com diferentes interesses e objectivos. Procurou-se, mascarar essa realidade com base em múltiplas plataformas “colectivas”, reuniões, círculos, etc., entre várias outras geometrias desenhadas a esquadro e/ou a compasso de espera da sua oportunidade mediática (ou política?).
Caluniou-se e denegriu-se quem não aceitou um jogo viciado onde a regra foi a da confusão de princípios e conceitos, em nome de uma unidade que não existirá nunca, se não for assente, precisamente, na clareza e na objectividade das metas a atingir e na verdadeira identidade do que é ser autocaravanista.
Para além do dúbio posicionamento do CPA, então clube de referência do movimento, balouçando entre a vertente “campista” e o canto de “novas sereias”, foram surgindo no espectro nacional um conjunto de “entidades”, umas mais virtuais que outras, que procuraram mudar de alguma forma o cenário, mas não a realidade.
Quando fomos protagonistas da evolução do CPA fomos mal considerados. Quando perante os primeiros sinais antecipámos o seu apagamento e desagregação, foi-nos respondido que essas evidências não passariam de “nados-mortos”. Infelizmente, a realidade está aí para nos dar razão, tal como previmos noutras situações.
A pulverização sem critério não uniu, mesmo que conjunturalmente o possam querer fazer crer, os seus protagonistas. A falta de critérios é gritante. O oportunismo mediático é avassalador. Quando a poeira assentar e o pano da teatral encenação se correr, vamos ver o que resta.
Pela nossa parte continuaremos a defender princípios e critérios objectivos ao serviço da liberdade autocaravanista. Denunciaremos o que pensamos oportuno fazê-lo, criticaremos o que nos parecer menos próprio e, como não podia deixar de ser, apoiaremos e elogiaremos o que de bom vier a ser feito para bem da comunidade que partilha os sentimentos e o estilo de vida do turismo itinerante em autocaravana.
Por isso, como dizia o poeta (Zeca Afonso):
Venham mais cinco
Duma assentadaAssumimos na altura uma ruptura, talvez incompreendida por muitos companheiros, essencial à clarificação e à “separação do trigo do joio”. É hoje indiscutível o papel que temos desempenhado na desmistificação de atitudes e procedimentos que, para além de quererem iludir as consciências livres de cada autocaravanista, procuravam calar qualquer voz crítica que os desmascarasse e que se opusesse ao acondicionamento mental (e físico) de um colectivo que, justamente ávido de um futuro mais digno, poderá não distinguir o acessório do essencial.
Invocando em vão o interesse colectivo, foram-se amontoando contradições e tentadas várias posições de “concertação” entre agentes com diferentes interesses e objectivos. Procurou-se, mascarar essa realidade com base em múltiplas plataformas “colectivas”, reuniões, círculos, etc., entre várias outras geometrias desenhadas a esquadro e/ou a compasso de espera da sua oportunidade mediática (ou política?).
Caluniou-se e denegriu-se quem não aceitou um jogo viciado onde a regra foi a da confusão de princípios e conceitos, em nome de uma unidade que não existirá nunca, se não for assente, precisamente, na clareza e na objectividade das metas a atingir e na verdadeira identidade do que é ser autocaravanista.
Para além do dúbio posicionamento do CPA, então clube de referência do movimento, balouçando entre a vertente “campista” e o canto de “novas sereias”, foram surgindo no espectro nacional um conjunto de “entidades”, umas mais virtuais que outras, que procuraram mudar de alguma forma o cenário, mas não a realidade.
Quando fomos protagonistas da evolução do CPA fomos mal considerados. Quando perante os primeiros sinais antecipámos o seu apagamento e desagregação, foi-nos respondido que essas evidências não passariam de “nados-mortos”. Infelizmente, a realidade está aí para nos dar razão, tal como previmos noutras situações.
A pulverização sem critério não uniu, mesmo que conjunturalmente o possam querer fazer crer, os seus protagonistas. A falta de critérios é gritante. O oportunismo mediático é avassalador. Quando a poeira assentar e o pano da teatral encenação se correr, vamos ver o que resta.
Pela nossa parte continuaremos a defender princípios e critérios objectivos ao serviço da liberdade autocaravanista. Denunciaremos o que pensamos oportuno fazê-lo, criticaremos o que nos parecer menos próprio e, como não podia deixar de ser, apoiaremos e elogiaremos o que de bom vier a ser feito para bem da comunidade que partilha os sentimentos e o estilo de vida do turismo itinerante em autocaravana.
Por isso, como dizia o poeta (Zeca Afonso):
Venham mais cinco
Que eu pago já
Do branco ou tinto
Se o velho estica
Eu fico por cá
Se tem má pinta
Dá-lhe um apito
E põe-no a andar
De espada à cinta
Já crê que é rei
Dáquém e Dálém-Mar
Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar
A gente ajuda
Havemos de ser mais
Eu bem sei
Mas há quem queira
Deitar abaixo
O que eu levantei
A bucha é dura
Mais dura é a razão
Que a sustem
Só nesta rusga
Não há lugar
Pr'ós filhos da mãe
Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar
Bem me diziam
Bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra
Quem trepa
No coqueiro
É o rei
Tribuna Autocaravanista
Sem comentários:
Enviar um comentário